Boulos: ao espionar bispos, governo demonstra saudades da ditadura
O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, condenou a espionagem do governo Bolsonaro, através da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), aos bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); "Governo Bolsonaro usa a ABIN para espionar reuniões de bispos da CNBB sobre a defesa da Amazônia, que seriam 'agenda de esquerda' e 'ingerência externa'. A saudade da ditadura se transforma em reencontro com velhas práticas", disse Boulos

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247 - O coordenador do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, usou sua conta no Twitter para condenar a espionagem do governo Bolsonaro, através da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), aos bispos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
"Governo Bolsonaro usa a ABIN para espionar reuniões de bispos da CNBB sobre a defesa da Amazônia, que seriam "agenda de esquerda" e "ingerência externa". A saudade da ditadura se transforma em reencontro com velhas práticas", disse.
Governo Bolsonaro usa a ABIN para espionar reuniões de bispos da CNBB sobre a defesa da Amazônia, que seriam "agenda de esquerda" e "ingerência externa". A saudade da ditadura se transforma em reencontro com velhas práticas.
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) 10 de fevereiro de 2019
Entenda o caso:
O Palácio do Planalto quer conter o avanço da Igreja Católica na liderança da oposição ao governo Jair Bolsonaro. Na visão do bolsonarismo, a Igreja é uma tradicional aliada do PT e está se organizando para liderar debates em conjunto com a esquerda. O alerta ao governo veio de informes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), chefiada pelo general Heleno, e dos comandos militares. Os relatos são de encontros recentes de cardeais brasileiros com o papa Francisco para discutir o Sínodo sobre Amazônia, que reunirá em Roma, no mês de outubro, bispos de todos os continentes.
Durante 23 dias, o Vaticano vai discutir a situação da Amazônia e tratar de temas considerados pelo governo brasileiro como uma 'agenda da esquerda. O debate irá abordar a situação de povos indígenas, mudanças climáticas provocadas por desmatamento e quilombolas. 'Estamos preocupados e queremos neutralizar isso aí', disse o ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, que comanda a contraofensiva."
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