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Brasil pagou paraguaios para integrar missão sob seu comando

Segundo documento do WikiLeaks, de Julian Assange, governo brasileiro teria dado US$ 1,7 milho para treinar militares do pas vizinho

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247 – O governo brasileiro enviou dinheiro ao Paraguai para que o país integrasse as forças de paz no Haiti, como parte da Minustah, sigla francesa para Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti. A quantia de US$ 1,7 milhão foi enviada em 2006, pouco mais de dois anos após o Brasil assumir o comando da missão. A informação consta de um telegrama da Embaixada dos Estados Unidos em Assunção e foi vazada pelo site WikiLeaks nesta segunda-feira.

O documento faz parte de uma série de 2.500 relatórios diplomáticos referentes ao Brasil, que serão veiculados nesta semana pela agência Pública. Segundo reportagem da agência, consta do documento que, em julho de 2006, um oficial do Exército paraguaio, cujo nome não foi revelado, disse à Embaixada americana que no grupo que seria enviado ao Haiti havia cinco oficiais e 25 praças.

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A informação se mostraria precisa cinco meses depois, em dezembro de 2006, quando os governos brasileiro e paraguaio assinariam um memorando para incorporar “um pelotão de fuzileiros formado por trinta militares paraguaios, constituído por tenentes (no máximo cinco), sargentos, cabos e soldados, para cumprir as tarefas que lhe fossem designadas como integrantes do Batalhão Brasileiro na Minustah”.

Ainda em conversas com diplomatas americanos, o oficial revelou o desejo do Brasil em treinar o os soldados paraguaios numa escola especializada na formação de tropas de paz, localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Entretanto, o governo brasileiro acabou concordando em permitir que esta preparação acontecesse no país vizinho.

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“O oficial disse ao DAO que os brasileiros decidiram apoiar as tropas paraguaias porque políticos do país subiram o tom de suas reclamações sobre o Mercosul e a Usina de Itaipu”, relata o telegrama, segundo a agência Pública. De acordo com a reportagem, o documento traz o comentário de um dos funcionários da Embaixada sobre a informação: “Sempre que o Paraguai se queixa ou ameaça quebrar acordos envolvendo o Mercosul e Itaipu, o Brasil oferece financiamento a alguns programas para fazer os paraguaios felizes”.

A agência tentou falar com o Ministério da Defesa sobre a revelação, mas não recebeu uma resposta até o momento da publicação.

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