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Bruno Boghossian: Bolsonaro perde âncora entre os mais ricos e fica pendurado no pós-auxílio

Colunista Bruno Boghossian afirma que "a deterioração dos índices positivos do governo entre os mais ricos deve expor o presidente a riscos significativos a partir de agora"

Bruno Boghossian e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | PR)

247 - Em sua coluna publicada no jornal Folha de S.Paulo, Bruno Boghossian destaca que "a conquista de apoio nos segmentos mais pobres, com o pagamento do auxílio emergencial, foi a grande salvação de Bolsonaro no primeiro ano do coronavírus". 

"A deterioração dos índices positivos do governo entre os mais ricos, por outro lado, deve expor o presidente a riscos significativos a partir de agora", diz.

De acordo com o colunista, "graças ao rescaldo" do auxílio emergencial, Bolsonaro "ainda é mais popular hoje entre os mais pobres do que era no primeiro ano de governo". "A última pesquisa Datafolha, porém, mostra que esse apoio se esvai rapidamente", afirma. 

"Sem aquela estabilidade nos grupos de maior renda, a trajetória desses números deve ampliar a pressão pela retomada do auxílio, pendurando o futuro do governo principalmente na economia. Se os índices negativos se espalharem, a sustentação de Bolsonaro ficará mais frágil".