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      Cafezinho: advogados da OAS desmascaram jogo sujo da Lava Jato

      "Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já sabia. A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores", escreve o blogueiro Miguel do Rosário, do Cafezinho, sobre a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro

      "Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já sabia. A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores", escreve o blogueiro Miguel do Rosário, do Cafezinho, sobre a operação comandada pelo juiz Sérgio Moro (Foto: Gisele Federicce)
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      Por Miguel do Rosário, do Cafezinho

      O jogo sujo da Lava Jato está cada vez mais evidente.

      Além dos vazamentos seletivos, destinados aos mesmos órgãos de imprensa, as delações são distorcidas. Quer dizer, isso a gente já sabia.

      A novidade é que agora os advogados da OAS descobriram que as próprias transcrições não batem com os depoimentos reais dos delatores.

      Leiam esse trecho de post do blog do Fausto (que a mídia, naturalmente, já escondeu):

      "Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente", afirmam. "A ordem das informações no termo não corresponde àquela com que foram expostas na fala. Há constantes saltos para a complementação de informações anteriores. Essa superposição de informações ditas em momentos diferentes causa confusão e, além de distorcer o sentido original do relato, torna difícil a compreensão do conteúdo da fala do declarante."

      Ainda segundo os advogados da OAS "houve frequente omissão de informações e detalhamentos importantes nas transcrições".

      Citam como exemplo. "Diversos detalhes sobre os participantes dos consórcios narrados no começo das declarações não aparecem no termo. Muitas vezes a transcrição deturpa o sentido da fala: Exemplo: perguntado se houve direcionamento entre as empresas que participaram da licitação no Consórcio Interpar, Júlio Camargo responde 'que eu saiba não', mostrando convicção na negativa. No entanto, o termo que consta é 'desconhece se houve ou não direcionamento', que não permite perceber a convicção manifestada pelo depoente na fala."
      Viram? Vou repetir uma frase, porque ela confirma uma série de especulações que fazemos há tempos:

      Frequentemente as expressões que constam na declaração são as utilizadas pelo delegado e não as efetivamente ditas pelo depoente", afirmam

      A acusação dos advogados chancela o que muitos outros indícios mostram: a Lava Jato está, no mínimo, inteiramente viciada pela obsessão política das autoridades que a compõem. Repare que falei "mínimo". Mas também reforça o que, para mim, já ficou claro: trata-se de mais um triste episódio desta era de conspirações midiatico-judiciais, onde a intenção não é apurar a verdade, mas tão somente extrair fatos que possam ser usados pela mídia para desgastar, de alguma maneira, o governo Dilma. Ou seja, não é uma investigação séria, é um dos tentáculos deste golpe insidioso, que visa derrubar uma presidente eleita pelo voto de 54 milhões de brasileiros.

      O que é uma pena, porque sabemos que houve corrupção efetiva. Só que, ao invés de investigarem com profissionalismo e discrição, as autoridades da Lava Jato decidiram transformá-la num circo midiático, intoxicando-a com seus objetivos e preconceitos políticos.

      ***

      Aqui a íntegra da matéria.

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