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Celso Amorim: militares da tutela saudosista perdem peso e força

O ex-chanceler Celso Amorim traça um cenário positivo para o momento do país: "eles queriam pegar o Lula. Alguns grupos econômicos internos e externos queriam tirar o Lula e o projeto progressista no Brasil. Mas, para fazer isso, eles acabaram debilitando todas as instituições políticas. E aí os militares ressurgem. O que eles não perceberam é que, para desacreditar o Lula, eles acabaram tendo que desacreditar a política como um todo, e o filho disso é o Bolsonaro. Agora que está chegando ao final eles estão assustados"

Celso Amorim: militares da tutela saudosista perdem peso e força (Foto: Paulo Pinto/Agencia PT)
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247 - O ex-chanceler Celso Amorim traça um cenário positivo para o momento do país: "eles queriam pegar o Lula. Alguns grupos econômicos internos e externos queriam tirar o Lula e o projeto progressista no Brasil. Mas, para fazer isso, eles acabaram debilitando todas as instituições políticas. E aí os militares ressurgem. O que eles não perceberam é que, para desacreditar o Lula, eles acabaram tendo que desacreditar a política como um todo, e o filho disso é o Bolsonaro. Agora que está chegando ao final eles estão assustados".

Em entrevista ao site Tutaméia,  o ex-ministro reitera que considera a movimentação em torno de golpe militar impossível, inviável e risível: "ele considera "inacreditável" esse movimento de militares da reserva em partidos políticos que agem como 'se estivéssemos em plena Guerra Fria, [dizendo que é preciso] acabar com os comunistas, com os petistas, que vamos liberalizar tudo, aderir totalmente aos EUA'."

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Amorim fala de democracia: "o que estamos defendendo acima de tudo é a democracia, que tem um significado social. Democracia hoje é não permitir que um governante fascista [chegue ao poder]. Na Europa se cometeu esse erro quando Hitler subiu. Precisamos estar unidos contra o fascismo".

Sobre a China, Amorim diz: "a tendência é da China de se tornar grande potência e, provavelmente, a maior potência econômica, o que se repercute no lado político e no aspecto militar. É uma tendência secular. Como o século 20 talvez tenha sido o século norte-americano, o século 21 vai ser em grande parte o século chinês. Toda vez que há uma mudança na hegemonia mundial, seja para que lado for, se tem riscos graves.

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É a primeira vez que os EUA, desde a segunda guerra mundial, não têm um projeto para o mundo. Você pode dizer que sempre foi a América em primeiro lugar, mas eles revestiam isso de outros aspectos que acabavam sendo importantes. Atuavam na ONU. Hoje eles estão abandonando tudo. Só não abandonaram ostensivamente o FMI. Talvez por causa do temor sobre o espaço que a moeda chinesa possa tomar.

No discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, Donald Trump disse que não quer saber de globalismo. Isso é uma coisa nova que nos faz pensar. Tem aspectos negativos, como um livre curso para o unilateralismo, mas também abre brechas que podem ser bem utilizadas por países. Não para o Brasil como está hoje, mas para um Brasil que volte a ser democrático e pujante".

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Ele também comenta sobre os Brics: "temos que almejar a multipolaridade. Teremos um mundo com duas potências muito grandes, China e EUA, que terão embates de várias formas, como estamos vendo agora na área comercial. Tem uma outra grande potência militar que é a Rússia, que tem uma visão geopolítica tradicional. Tem outros países que podem ter influência –e um deles é o Brasil.

Não é à toa que o Brasil foi logo incluído no G20. O Brasil foi um dos organizadores iniciais dos Brics, fruto dessa articulação da multipolaridade. Os Brics são um fator de equilíbrio mundial. O Brasil traz um softpower para esse grupo historicamente. Temos fronteira com dez países e não temos guerra em 150 anos. Não é pouca coisa. Foi criada uma ideologia nacional de paz e favorável ao multilateralismo –não é o que nós estamos vendo agora [no governo Temer]".

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