De Cícero a Marcelo Rossi
Em 13 anos de carreira, Marcelo Rossi um fenmeno da Igreja Catlica; a Newsweek dedicou, nessa semana, uma reportagem ao sacerdote, em que chega a comparar o dolo nacional ao histrico Padre Ccero
247 – A rotina do padre mais famoso do Brasil é muito semelhante ao estilo de vida dos grandes astros da música pop. O fenômeno católico Padre Marcelo Rossi ganhou fama ao usar métodos pouco convencionais para conquistar fieis. Nessa semana, a revista Newsweek dedicou ao sacerdote uma grande reportagem (leia aqui), que passa pelos números de vendas de seus discos e livros. O padre pop assina uma legião de títulos musicais, promove missas a céu aberto e aparece constantemente em programas de televisão. Por onde passa, o sacerdote atrai multidões e até paparazzis. “Eu tenho frio na barriga quando vejo isso”, diz o padre enquanto seu Toyota preto passa pelas linhas que separam os fãs fanáticos, que esperam para vê-lo – alguns por mais de 13 horas –, descreve a revista.
A Newsweek descreve Marcelo Rossi como o líder evangelista que renasceu como o mais novo escritor brasileiro. Seu livro de estreia, Ágape, lançado pela Editora Globo, é definido pela publicação como uma obra de fácil leitura, autoajuda e que sumiu das prateleiras das principais livrarias do País logo após seu lançamento, em agosto do ano passado. Inicialmente, a editora acreditava que a obra venderia em torno de um milhão de cópias. Em meados de julho deste ano, as vendas surpreenderam as expectativas, ultrapassando a marca de cinco milhões de exemplares vendidos. O livro católico, que depois recebeu o nome de Amor Divino, vendeu 25 vezes mais do que o best-seller brasileiro de 2010.
A Editora Globo, afirma a Newsweek, sabia que encontraria ouro assinando com o padre. “Mesmo um guardanapo autografado pelo pregador seria uma vitória”, afirma a revista. A matéria resgata a história que iniciou o trabalho e o sucesso de Marcelo Rossi, na década de 90, quando o jovem padre criou o Movimento Revolucionário Cristão, época em que o catolicismo enfrentava um período de ostracismo, provocado pela ascensão de cultos evangélicos no Brasil. Nomeado em 1994 em uma diocese da periferia de São Paulo, ninguém era melhor que aquele pregador de 20 e poucos anos, magricela, de olhos azuis, estudado e cheio de talentos. E logo os bancos das igrejas começaram a encher.
O fenômeno é claramente descrito pela matéria: são 12 discos lançados, todos premiados, mais de 12 milhões de cópias vendidas em 13 anos de missas a céu aberto, com show musicais e participação no filme Maria, Mãe do Filho de Deus, visto por dois milhões de brasileiros. No resgate de um feito curioso, a publicação lembra que o padre já foi um criador de passos de aeróbica – “aeróbicas do Senhor”, como ele chama – das quais seus preferidos foram selecionados e vendidos.
A análise da revista é de que desde o Padre Cícero, o sacerdote do pobre sertão do Nordeste, o Brasil não tinha uma estrela tão forte. Padre Cícero, no entanto, pregava para humildes camponeses, enquanto Marcelo Rossi fez seu ministério nas maiores metrópoles da América Latina.
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