CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Diretor da Editora Abril decreta a morte do PT

Integrante do conselho de uma editora que corta custos, perde leitores e fecha revistas, o jornalista José Roberto Guzzo publica, nesta semana, o principal editorial da revista Veja; sua tese é que, em 2014, ano em que venceu a quarta eleição presidencial consecutiva e fez os governos de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e Acre, o Partidos dos Trabalhadores morreu; "como um partido pode sobreviver se perdeu a honra?", questiona; Veja, que parece incapaz de olhar para o próprio umbigo, tem uma capa apropriada: 'O ano em que pagamos mico'

Integrante do conselho de uma editora que corta custos, perde leitores e fecha revistas, o jornalista José Roberto Guzzo publica, nesta semana, o principal editorial da revista Veja; sua tese é que, em 2014, ano em que venceu a quarta eleição presidencial consecutiva e fez os governos de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Ceará e Acre, o Partidos dos Trabalhadores morreu; "como um partido pode sobreviver se perdeu a honra?", questiona; Veja, que parece incapaz de olhar para o próprio umbigo, tem uma capa apropriada: 'O ano em que pagamos mico' (Foto: Leonardo Attuch)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O ano de 2014, como todos sabem, foi aquele em que o Partido dos Trabalhadores venceu, pela quarta vez consecutiva, uma eleição presidencial.

Por uma margem apertada, mas venceu.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O PT conquistou ainda territórios importantes, com as vitórias inéditas em Minas Gerais, com Fernando Pimentel, e no Ceará, com Camilo Santana. No Acre, Tião Viana garantiu ao partido a quinta conquista. Na Bahia, Rui Costa deu o tri ao PT, depois de dois governos de Jaques Wagner. E, no Piauí, garantiu-se a volta do senador Wellington Dias.

Se isso não bastasse, uma pesquisa realizada neste ano apontou que, apesar de todos os escândalos, o PT ainda é o partido político mais admirado do País, com 16% das preferências – o PSDB vem em segundo lugar com 4%. Além disso, uma pesquisa do Datafolha indicou que a presidente Dilma Rousseff é a governante que, na visão dos brasileiros, mais enfrenta a chaga da corrupção – os ex-presidentes Lula e FHC aparecem em segundo e em último lugares, respectivamente.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O declínio da Abril

Corte, agora, para a Editora Abril. 2014 foi o ano em que seu carro-chefe, a revista Veja, pagou o maior mico da história do jornalismo brasileiro. Em pleno dia das eleições, foi condenada a publicar um direito de resposta, por tentar fraudar a vontade popular com sua famosa capa 'Eles sabiam de tudo', que teve milhares de exemplares rodados como panfletos de campanha.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Depois disso, a casa dos Civita anunciou só notícias ruins. Cortes de pessoal, fechamentos de revistas, como a Info Exame, que migrou da plataforma impressa para o digital, e enxugamentos de custo. As publicações que, agora, parecem estar pela bola sete são a Men's Health e a Playboy.

'O ano em que pagamos mico'

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

É nesse contexto, de surpreendente resiliência do PT e franco declínio da Abril, que o jornalista José Roberto Guzzo, colunista de Veja e integrante do conselho editorial da empresa dos Civita, decidiu publicar um texto extremamente bizarro.

No texto 'O fim da história', ela afirma: 'É possível que 2014 acabe entrando para a memória política brasileira como o ano em que o Partido dos Trabalhadores morreu'.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo Guzzo, o PT morreu por 'suicídio involuntário' ou 'por ter inoculado em si próprio uma doença prolongada, progressiva e incurável chamada corrupção'.

'Como um partido pode sobreviver se perdeu a honra?', questiona o jornalista, afirmando ainda que, nos 12 anos de poder, o PT não pariu uma única ideia útil ao país, ignorando programas como o Bolsa-Família, o ProUni e tantos outros.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Guzzo parece incapar de olhar ao redor e enxergar as ruínas não do PT, mas da própria Editora Abril, que substituiu o jornalismo pela panfletagem política.

Ironicamente, a capa de Veja sobre 2014 não poderia ter um título mais apropriado: 'O ano em que pagamos mico'. Com a ressalva, claro, de que se encaixa para a Abril, não para o Brasil como um todo.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO