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Diretora de TV acusa ex-Globo de estupro: 'e me filmou sem autorização'

"Amiga, você foi estuprada". "Não, não fui", reagiu a diretora ao ser questionada por uma amiga sobre a violência sexual

Ator Gustavo Novaes, 49 anos (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - A diretora de TV Ella* (nome fictício a pedido feito por ela, segundo a coluna Universa) disse ter sido vítima de estupro do ator Gustavo Novaes, 49 anos, ex-Globo e ex-Record. "Amiga, você foi estuprada." "Não, não fui", reagiu a diretora ao ser questionada por uma amiga sobre a violência sexual. 

"É muito difícil entender. Não consigo nem dizer [que foi estuprada]. A palavra é feia, dói. Eu tinha o vídeo, mas não acreditava no que via. Não era possível que alguém fosse capaz de fazer aquilo, alguém que recebi na minha casa", disse Ella. 

A diretora encontrou o vídeo ao mexer no celular do ator, apagou do aparelho e enviou para si própria pelo WhatsApp.

De acordo com as imagens, Gustavo andava até um quarto. Depois vem o ato sexual e ela fala algumas palavras incompreensíveis. Ella afirma que estava bêbada e não se lembra do que disse, nem da relação sexual.

O Ministério Público afirmou ser favorável a uma investigação relacionada ao crime de estupro de vulnerável e a uma análise do vídeo.

De acordo com a legislação, o termo "vulnerável" é referente à falta de consciência da pessoa sobre o ato, quando ela não é capaz de concordar nem de recusar o contato sexual, segundo a lei. O crime contra vulneráveis pode acontecer em situações em que a vítima está alcoolizada ou dopada, quando é menor de 14 anos ou tem deficiência mental.

Outro lado

O advogado João Bernardo Kappen afirmou que a diretora concordou com a gravação do vídeo e com a relação sexual. "O vídeo apresentado não foi submetido à perícia, que constataria que os dois, enquanto estavam tendo uma relação sexual, conversaram, e ela tinha dado consentimento ao vídeo", afirmou.

Segundo Bernardo Kappen, "foi a advogada atual que convenceu que ela foi estuprada". "Porque ela diz que o depoimento foi consensual, não diz em depoimento em juízo, a advogada é que surge com essa tese que nem ela [a vítima] mesma confirma".

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