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Mídia

Em 100 dias, Bolsonaro destrói a imagem do Brasil no mundo

Os cem dias de Jair Bolsonaro à frente do governo do Brasil foram um fracasso, de acordo com a mídia internacional; no Le Monde, reportagem de Claire Gatinois informa que o lobby evangélico se sente abandonado pelo chefe do Planalto; o alemão Der Standard aponta "medo e desilusão" no Brasil; a Nau, órgão da mídia suíça, diz que os cem dias são marcados pela violência policial e que a destruição ambiental está em ascensão; segundo a AP, o mandato foi marcado por "lutas internas em sua administração", "insultos a adversários e aliados" e "elogios à ditadura brasileira de 1964-1985"; jornal russo Kommersant destaca que Bolsonaro não descarta invasão na Venezuela

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247 - Os cem dias de Jair Bolsonaro à frente do governo do Brasil foram um fracasso, de acordo com reportagens e análises publicadas pela mídia internacional nesta quarta-feira (10). No Le Monde, reportagem de Claire Gatinois, informa que o lobby evangélico se sente abandonado por Bolsonaro. Católico, o chefe de estado brasileiro foi eleito graças ao apoio das igrejas pentecostais, que atualmente instigam o controle militar sobre o governo. Outra reportagem do mesmo jornal ressalta que Bolsonaro não pretende se apresentar como chefe de Estado, pronto a unir o País.

"Confirmando sua reputação como 'Trump dos Trópicos', ele é rápido para castigar os inimigos eternos: 'o socialismo, mídia ou os direitos humanos', defendendo os criminosos à custa dos "cidadãos de bem". Em outro texto, o jornal destaca que a reforma previdenciária foi prejudicada pelos excessos de Bolsonaro. Relutantemente, ele apoia a sua política de reformas das pensões, consideradas essenciais para um país cuja dívida ultrapassa os 90% do produto interno bruto.

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O jornal francês também aborda a denúncia de líderes indígenas brasileiros, que acusam o presidente brasileiro de promover um "apocalipse" para os povos originários do país. Os índios apelam: "Desde a eleição de Jair Bolsonaro, vivemos o início de um apocalipse". 

Em despacho, Agence France Presse, também da França, afirma que Bolsonaro parece nunca ter conhecido o estado de graça normalmente desfrutado por um recém-eleito chefe de Estado. “O mínimo que podemos dizer é que o começo do prazo é decepcionante”, diz Thomaz Favaro, da Control Risks. “Houve um equívoco de que ele tinha uma base sólida de apoio, mas acho que percebemos que essa base não é tão forte quanto pensávamos”, acrescenta. Segundo a AFP, apesar dos “excessos racistas e homofóbicos”  contra adversários, Bolsonaro tem atraído milhões de eleitores com seu discurso de segurança e sua promessa de erradicar a corrupção.

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Mídias alemã, suíça e russa

No alemão Der Standard, a reportagem aponta “medo e desilusão” no Brasil com Bolsonaro. O jornal reforça que o presidente, apresentado como “um populista de direita”, anunciou que queria tornar o Brasil mais seguro e criar empregos. “Em vez disso, elogia a ditadura militar e envergonha o país no exterior”. O texto diz que, mesmo entre seus eleitores, a euforia há muito se transformou em desilusão profunda. 

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Também na alemã 2DF relata. “Seus primeiros 100 dias foram marcados por mudanças de direção e desistências”.

Nau, órgão da mídia suíça, diz que os cem dias de governo Bolsonaro são marcados pela violência policial e que a destruição ambiental está em ascensão. “Milhões estão desempregados e a taxa de homicídios é alta”, destaca.

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De acordo com a agência católica de notícias alemã KNA, Bolsonaro se propôs a tirar o Brasil da miséria econômica e moral, mas nos seus primeiros 100 dias como presidente fez mais polêmica do que política. “No domingo à noite, Jair Messias tuitou novamente. Com ‘hahahaha’, comentou uma pesquisa que mostrou que apenas 58 por cento dos seus compatriotas classificam-no como ‘muito inteligente’, muito menos do que seus antecessores Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff”. Diz a reportagem: “Em geral, Bolsonaro, que assumiu o cargo em 1º de janeiro, não se sai bem. Sua vitória esmagadora em outubro foi pouco eufórica, sua avaliação de 100 dias é a pior de todos os presidentes eleitos nos últimos 30 anos”.  

O jornal russo Kommersant destaca que Bolsonaro não descarta invasão militar da Venezuela. Na entrevista à Jovem Pan, o brasileiro “prometeu até criar uma base militar americana em seu país”. Segundo a Gazeta Russa, o presidente “esclareceu que coordenaria [a invasão] com seus colegas americanos”.

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Reuters e Associated Press

A Reuters, agência também publica ampla reportagem sobre a explosão da guerra de gangues nos presídios brasileiros, um problema para o governo Bolsonaro. O despacho é produzido a partir de Porto Alegre e aponta que a população encarcerada no Brasil aumentou oito vezes em três décadas. Hoje são 750 mil presos, a terceira mais alta do mundo. O texto fala que as gangues de prisioneiros passaram a exercer um vasto poder que vai muito além das muralhas da prisão. 

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No cenário econômico, agência noticia que a unidade da Ford anunciou que está iniciando um programa voluntário de demissão de sua fábrica em Camaçari, na Bahia, com o objetivo de reduzir a força de trabalho. A empresa em seu comunicado não informou quantas pessoas esperava dispensar. Ford disse anteriormente que a fábrica estava operando com cerca de 700 trabalhadores excedentes. A planta emprega 7.400 pessoas em Camaçari, onde produz o compacto Ka e o tamanho médio EcoSport SUV.

Reportagem da AP trata dos 100 dias do governo Bolsonaro, apontando que o líder brasileiro conseguiu manter animada sua “base de extrema direita”. Desde o início do seu governo, seu mandato foi marcado por “lutas internas em sua administração”, “insultos a adversários e aliados”, “elogios à ditadura brasileira de 1964-1985” e à escassez de leis aprovadas pelo Congresso. O extenso material com o balanço do governo é reproduzido em mais de 5 mil sites noticiosos pelo mundo, incluindo jornais influentes como o Washington Post e Miami Herald.

 

 

 

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