CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Em campanha no Twitter, mulheres relatam primeiros casos de assédio

A hashtag #PrimeiroAssédio chegou, nesta quinta-feira (22), aos Trending Topics do Brasil; ação foi criada pelo coletivo feminista Think Olga após uma das participantes do MasterChef Júnior ter sido alvo de comentários com teor sexual, mesmo tendo apenas doze anos

A hashtag #PrimeiroAssédio chegou, nesta quinta-feira (22), aos Trending Topics do Brasil; ação foi criada pelo coletivo feminista Think Olga após uma das participantes do MasterChef Júnior ter sido alvo de comentários com teor sexual, mesmo tendo apenas doze anos (Foto: Valter Lima)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Anna Beatriz Anjos, da Revista Fórum - Na última terça-feira (20), o Brasil ficou surpreso com as habilidades culinárias dos pequenos competidores do MasterChef Júnior. A hashtag do programa atingiu os Trending Topics mundiais e as redes foram inundadas com postagens relativas à nova atração da TV Bandeirantes. Alguns comentários, entretanto, passaram dos limites: uma das concorrentes foi alvo de mensagens com teor sexual explícito, mesmo tendo apenas doze anos (leia mais no texto da jornalista Carol Patrocinio).

Diante da repercussão do caso e suas consequentes discussões, o coletivo feminista Think Olga lançou, na quarta (21), a campanha #PrimeiroAssédio. A hashtag foi citada mais de 2,5 mil vezes apenas ontem e nesta quinta (22) chegou aos TT’s do Brasil. Por meio dela, diversas mulheres compartilharam no Twitter os relatos dos primeiros abusos ou assédios que sofreram (leia alguns abaixo).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Luíse Bello, publicitária e gerente de conteúdo e comunidade do Think Olga, explica que a presença do assédio sexual desde cedo na vida feminina já havia ficado evidente a partir da campanha “Chega da Fiu Fiu”– também promovida pelo coletivo –, que mapeia os episódios envolvendo esse tipo de violência em locais públicos. “Desde o início, já contabilizamos centenas de casos de assédio com crianças de 8, 9 anos, que são registrados no mapa ou que recebemos por inbox e e-mail”, conta.

“O assédio acaba sendo invisibilizado por dois motivos. O primeiro é que, ao reclamarmos dele, sobretudo quando crianças, ouvimos que é normal, que homem é assim, que ‘ele estava bêbado’, que estávamos com certa roupa e por isso não devemos reclamar”, argumenta Bello. “E isso vai ficando invisível para os homens porque normalmente não acontece na frente deles. Se uma menina está acompanhada pelo pai ou pelo irmão quando está andando na rua, dificilmente um homem vai mexer com ela – isso vai acontecer quando estiver sozinha.”

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Para a publicitária, a nova ação nas redes é fundamental para trazer à tona essa realidade ao mesmo tempo tão silenciada e conhecida pelas mulheres. “A importância é a gente finalmente ter voz para falar, ter espaço para mostrar o absurdo que isso é”, destaca. “Falar é mostrar que [o problema] existe, é usar nossa voz para mostrar que acontece sim, que incomoda sim, e que nenhuma criança merece passar por isso”.Anna Beatriz Anjos

Na última terça-feira (20), o Brasil ficou surpreso com as habilidades culinárias dos pequenos competidores do MasterChef Júnior. A hashtag do programa atingiu os Trending Topics mundiais e as redes foram inundadas com postagens relativas à nova atração da TV Bandeirantes. Alguns comentários, entretanto, passaram dos limites: uma das concorrentes foi alvo de mensagens com teor sexual explícito, mesmo tendo apenas doze anos (leia mais no texto da jornalista Carol Patrocinio).

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Diante da repercussão do caso e suas consequentes discussões, o coletivo feminista Think Olga lançou, na quarta (21), a campanha #PrimeiroAssédio. A hashtag foi citada mais de 2,5 mil vezes apenas ontem e nesta quinta (22) chegou aos TT’s do Brasil. Por meio dela, diversas mulheres compartilharam no Twitter os relatos dos primeiros abusos ou assédios que sofreram (leia alguns abaixo).

Luíse Bello, publicitária e gerente de conteúdo e comunidade do Think Olga, explica que a presença do assédio sexual desde cedo na vida feminina já havia ficado evidente a partir da campanha “Chega da Fiu Fiu”– também promovida pelo coletivo –, que mapeia os episódios envolvendo esse tipo de violência em locais públicos. “Desde o início, já contabilizamos centenas de casos de assédio com crianças de 8, 9 anos, que são registrados no mapa ou que recebemos por inbox e e-mail”, conta.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“O assédio acaba sendo invisibilizado por dois motivos. O primeiro é que, ao reclamarmos dele, sobretudo quando crianças, ouvimos que é normal, que homem é assim, que ‘ele estava bêbado’, que estávamos com certa roupa e por isso não devemos reclamar”, argumenta Bello. “E isso vai ficando invisível para os homens porque normalmente não acontece na frente deles. Se uma menina está acompanhada pelo pai ou pelo irmão quando está andando na rua, dificilmente um homem vai mexer com ela – isso vai acontecer quando estiver sozinha.”

Para a publicitária, a nova ação nas redes é fundamental para trazer à tona essa realidade ao mesmo tempo tão silenciada e conhecida pelas mulheres. “A importância é a gente finalmente ter voz para falar, ter espaço para mostrar o absurdo que isso é”, destaca. “Falar é mostrar que [o problema] existe, é usar nossa voz para mostrar que acontece sim, que incomoda sim, e que nenhuma criança merece passar por isso”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO