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Em editorial, o Globo diz que Bolsonaro virou fator de instabilidade e transformou governo em usina de crises

“Nas últimas semanas ele se empenhou em tumultuar as perspectivas de uma governança ainda que precariamente estável ao abrir confrontos com governadores estaduais, demitir um ministro, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), e agir claramente para desidratar outros dois”, diz o editorial

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O jornal O Globo, que apoiou o golpe de 2016, afirma em seu editorial desta quinta-feira (24) que Jair Bolsonaro “escolheu se transformar num vetor de instabilidade e converteu o governo numa usina de crises”. 

“Nas últimas semanas ele se empenhou em tumultuar as perspectivas de uma governança ainda que precariamente estável ao abrir confrontos com governadores estaduais, demitir um ministro, Luiz Henrique Mandetta (Saúde), e agir claramente para desidratar outros dois, Sergio Moro (Justiça e Segurança) e Paulo Guedes (Economia)”, ressalta o editorial.

Para o jornal da família “é legítima sua aspiração à reeleição em 2022, assim como a busca por amparo parlamentar a todo custo”. Ainda segundo o editorial “o problema está na sua incapacidade sucessivamente demonstrada de distinguir os limites entre Estado e governo, assim como entre o papel de um presidente e o de candidato potencial em futuras eleições”.

O texto ressalta que “no caso do desentendimento com Moro há o agravante do motivo. Bolsonaro tenta há tempos substituir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, pessoa de confiança do ex-juiz” e que “o interesse do presidente pela Polícia Federal cresce à medida que surgem ou avançam investigações no entorno do clã Bolsonaro”.