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    Facebook bane empresa de Israel que impulsionava fake news em eleições

    Uma reportagem da agência Associated Press, replicada pelo site Viomundo, pode lançar luzes sobre a eleição presidencial de 2018; trata-se da decisão do Facebook de banir uma empresa de Israel, que era especializada em disseminar fake news durante processos eleitorais; sabe-se que tal empresa, ligada ao grupo Archimedes, tinha interesse especial na América Latina; eleito a partir de fake news, como o kit gay e a mamadeira erótica, Bolsonaro submeteu a política externa do Brasil aos interesses da direita israelense, comandada por Benjamin Netanyahu

    Facebook bane empresa de Israel que impulsionava fake news em eleições (Foto: Alan Santos/PR)
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    Do Viomundo Segundo despacho da agência Associated Press, o Facebook baniu na quinta-feira uma empresa israelense que promovia campanhas para influenciar eleições em vários países.

    Dezenas de contas foram suspensas por disseminar desinformação.

    O chefe da política de cibersegurança do Facebook, Nathaniel Gleicher, informou que foram banidas 265 páginas, grupos, eventos e contas do Instagram.

    Por trás das páginas estava o Grupo Archimedes, uma empresa de consultoria política e lobby de Tel Aviv que publicamente promovia sua capacidade de lidar com as mídias sociais e de "mudar a realidade".

    O Grupo Archimedes gastou o equivalente a U$ 800 mil em suas campanhas e pagou em reais brasileiros, shekels (a moeda israelense) e dólares americanos.

    Gleicher disse à AP que as páginas "coordenavam comportamento falso".

    A atividade da empresa estava focada em países da África subsaariana, como Nigéria, Senegal, Togo, Angola, Níger e Tunísia, mas também no Sudeste Asiático e na América Latina.

    Gleicher não informou se a empresa promoveu ações durante as campanhas eleitorais de 2016 e 2018, no Brasil.

    As páginas fake somaram 2,8 milhões de seguidores.

    O anúncio oficial da ação, postado por Gleicher, não explica o motivo de o grupo israelense ter pago postagens em reais brasileiros, nem se a empresa terceirizou pagamentos a candidatos.

    "As pessoas por trás desta rede usaram contas falsas para organizar páginas, disseminar seu conteúdo e artificialmente aumentar o engajamento. Eles também se faziam passar por locais, criando inclusive sites de notícias, e publicavam informação alegadamente vazada sobre políticos. Os administradores das páginas e donos das contas frequentemente postavam sobre política, inclusive tópicos sobre eleições de vários países, posição política de candidatos e críticas a seus oponentes", escreveu Gleicher.

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