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Fernando Brito: “Foto infeliz”, juiz? Então por que tanto riso?

Editor do Tijolaço comenta as declarações de Sergio Moro na Alemanha sobre a foto em que aparece confraternizando com Aécio Neves, de que “o senador não está sob investigação da Justiça Federal de Curitiba”; "Isso não o desculpa, Dr. Moro, de não  ter tido, ao menos um comportamento mais decoroso: cumprimentar, não fazer 'desfeita' mas, como se diz lá no Sul, não 'ficar mostrando as canjicas', como quem troca piadas", responde Brito

Editor do Tijolaço comenta as declarações de Sergio Moro na Alemanha sobre a foto em que aparece confraternizando com Aécio Neves, de que “o senador não está sob investigação da Justiça Federal de Curitiba”; "Isso não o desculpa, Dr. Moro, de não  ter tido, ao menos um comportamento mais decoroso: cumprimentar, não fazer 'desfeita' mas, como se diz lá no Sul, não 'ficar mostrando as canjicas', como quem troca piadas", responde Brito (Foto: Gisele Federicce)

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Por Fernando Brito, do Tijolaço - O juiz Sérgio Moro disse hoje, em Heidelberg, na Alemanha – como viaja, o Doutor! – que “foi uma foto infeliz” a que o flagrou em risos e intimidades com Aécio Neves, num evento, esta semana, em São Paulo – como viaja, o Doutor!.

Disse que não há problema, porque “o senador não está sob investigação da Justiça Federal de Curitiba.”

Nem poderia estar, não é Doutor, porque ele é Senador e seu foro é o Supremo Tribunal Federal, onde parte das denúncias contra ele não chegaram a inquérito – o Dr, Janot não teve interesse em aprofundá-las – e parte está em curso.

Isso não o desculpa, Dr. Moro, de não  ter tido, ao menos um comportamento mais decoroso: cumprimentar, não fazer “desfeita” mas, como se diz lá no Sul, não “ficar mostrando as canjicas”, como quem troca piadas.

Embora isso seja de um cinismo atroz, não é o pior das declarações de Moro à Deutsche Welle, agência estatal de notícias alemã.

Moro sustentou, mesmo depois da decisão do STF de que as gravações e sua divulgação foram ilegais, o ato de grampear a Presidente da República, em conversa com Lula, e distribuir à imprensa:

Perguntado por uma pessoa na plateia por que divulgou os áudios de escutas telefônicas de Dilma, Moro afirmou que as pessoas têm o direito de saber o que seus governantes fazem.

“É estranho que numa democracia as pessoas reclamem de uma revelação como essa. Desde o início das investigações decidimos que não iríamos esconder nenhuma informação do público”, declarou ao ressaltar que a atitude “não foi uma exceção à regra”.

A regra, Dr. Moro, é a lei.

Lei que o senhor desrespeitou da mesma forma que Renan Calheiros, embora a cumplicidade da Justiça tenha decido que o senhor é uma exceção à regra legal e possa não só transgredi-la como, depois de reconhecida a transgressão, sair proclamando por aí – até no exterior –  que sua atitude é a certa e a decisão do Supremo, portanto, é errada.

Agindo assim, o senhor se torna um Renan de toga.

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