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Fernando Brito: Moro já cabe dentro do bolsonarismo, mas ainda é um problema para a direita

"Sérgio Moro não tem mais, como observa hoje Celso Rocha de Barros, na Folha, territórios fora do bolsonarismo. Não tem mais, portanto, forças próprias e – dado seu estado de fragilidade – há a certeza de que não sobrevive sem ele, embora a parcela de prestígio popular do seu chefe possa sobreviver, com poucos danos, à perda de Moro", diz o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço

(Foto: Adriano Machado - Reuters)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço - É fora de dúvida que Sérgio Moro encolheu muito nestes 15 dias de revelações da “Vaza Jato”.

Já deixara, com a decisão de integrar o governo e com os sucessivos “sapos” que engoliu do chefe, desautorizado publicamente em nomeações e mudo e cabisbaxo com as loucuras armamentistas, a condição divina e já não era “balsfêmia” criticá-lo.

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Mas nada perto do que está acontecendo e, ao que tudo indica por estarmos apenas no início das revelações comprometedoras de seu desempenho à frente dos processos da Lava Jato, vai acontecer.

Sérgio Moro não tem mais, como observa hoje Celso Rocha de Barros, na Folha, territórios fora do bolsonarismo. Não tem mais, portanto, forças próprias e – dado seu estado de fragilidade – há a certeza de que não sobrevive sem ele, embora a parcela de prestígio popular do seu chefe possa sobreviver, com poucos danos, à perda de Moro.

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O fato de sua excelência ter descido à humilhação de gravar um áudio com um pedido de desculas a Kim Kataguiri e aos “tontos do MBL” é um eloquente sinal do Irajá da outrora Greta Garbo.

Apesar disso, Moro é um problema para a direita, muito além das fornteiras bolsonarianas.

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É que a revelação de suas violações no curso dos processos da Lava Jato, por ter feito as vítimas que fez, é água no moinho do martírio de Lula e o desmonte na pedra fundamental de toda a construção judicial que se fez a partir do triplex do Guarujá e que se espalha por meia-dúzia de outros processos.

No jogo de polarização a que foi levado o Brasil, o que sai de um lado, direta ou indiretamente, entra no outro.

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Os candidatos a tertius, convenhamos, são muito fracos.

Rodrigo Maia, claro, tem muitos votos, mas apenas entre os 513 deputados que integram a Câmara e em círculos financeiros que só o admiram por ser a esperança de que se faça o que Bolsonaro parece não ter apetite e capacidade para fazer.

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João Dória, embora montado no Governo paulista, uma máquina poderosíssima, não cnsegue subir além da fronteira com o Rio de Janeiro e nem mesmo nas extensões paranaentes e sul matrogrossenses do estado bandeirante consegue penetrar. Mais: deixou claro que os aliados de ontem serão implacavelmente destruídos amanhã, com o poder.

Para ambos, um Sérgio Moro diminuído é bom, mas destruído os coloca em situação de quem não pode condena-lo sem condenar sua própria atuação no processo golpista inspirado pelo ex-juiz, do qual foram beneficiários.

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De Ciro, não é preciso falar que os arroubos anti-Lula jogaram contra o que seria plausível: o de que ele pudesse habilitar-se a líder de uma aliança de centro-esquerda que possa ser viável e as revelações da “Vaza Jato” tornaram mais ásperas ainda as frases como “Lula está preso, babaca”.

De resum, a ópera nos deixa, até este ato, que Moro já não tem chances do prêmio principal – a candidatura presidencial – nem no alvo secindário, a cadeira no Supremo. Ainda tem pontos para pretender-se vice de Bolsonaro na reeleição, embora seja duvidoso que o ex-capitão queria colocar uma cobra sob sua cama.

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