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Folha usa sua própria contabilidade para pressionar o Congresso

Em editorial neste domingo, 20, Jornal de Otávio Frias Filho fala em "voz das ruas" para pressionar o Congresso pela aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas são questionados por contar de forma desfavorável manifestações em favor da democracia e do mandato da presidente; pelos números do Datafolha, as manifestações em defesa da democracia, do mandato de Dilma, e do ex-presidente Lula reuniram apenas 95 mil pessoas; "Governo contou com cerca de 15% de quem esteve na avenida Paulista", afirma; segundo o Datafolha, 68% da população é a favor do impeachment

Em editorial neste domingo, 20, Jornal de Otávio Frias Filho fala em "voz das ruas" para pressionar o Congresso pela aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, mas são questionados por contar de forma desfavorável manifestações em favor da democracia e do mandato da presidente; pelos números do Datafolha, as manifestações em defesa da democracia, do mandato de Dilma, e do ex-presidente Lula reuniram apenas 95 mil pessoas; "Governo contou com cerca de 15% de quem esteve na avenida Paulista", afirma; segundo o Datafolha, 68% da população é a favor do impeachment (Foto: Aquiles Lins)
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247 - Em editorial neste domingo, 20, o jornal Folha de S. Paulo utilizou números do seu instituto de pesquisas, o Datafolha, para pressionar o Congresso pela aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. 

Pelos números do Datafolha, as manifestações em defesa da democracia, do mandato de Dilma, e do ex-presidente Lula reuniram apenas 95 mil pessoas. "Foi, por um lado, a maior manifestação pró-Dilma, quase dobrando o contingente (55 mil) registrado no recorde anterior, em dezembro", diz o jornal de Otávio Frias Filho.

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"Por outro, contudo, somados os públicos de domingo (500 mil, contra Dilma) e de sexta, o governo contou com cerca de 15% de quem esteve na avenida Paulista", completa. 

A medição da população nas manifestações em prol do governo pelo Datafolha tem sido motivo de várias críticas (leia mais).

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Leia íntegra do editorial da Folha:

"A comissão e as ruas

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Constituída após meses de impasses políticos e jurídicos, a comissão encarregada de examinar o impeachment de Dilma Rousseff (PT) na Câmara dos Deputados se depara com uma conjuntura bem diversa daquela que inspirou sua convocação, no ano passado.

Verdade que, em dezembro, já eram obviamente inequívocos os sinais de isolamento do governo, em meio a uma deplorável situação econômica e a baixíssimos índices de popularidade presidencial.

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O pedido de impeachment, contudo, fundamentava-se sobretudo nas irregularidades cometidas pela presidente na gestão do orçamento público, as chamadas pedaladas fiscais -tema que parece hoje chamar menos a atenção da expressiva maioria de brasileiros que defende o afastamento de Dilma.

Agora, o conjunto da obra, por assim dizer, oferece gama de motivos muito maior, e bem mais palpável, para a indignação popular.

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Da nomeação do ex-presidente Lula para o Ministério da Casa Civil, não sem razão vista como subterfúgio para evitar que ele caísse nas malhas da primeira instância judicial, até os recentes episódios da delação premiada do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (MS) o que se vê é a derrocada moral e política de todo o sistema petista.

Consequência disso, à inédita manifestação de domingo passado (13) se seguiu notável estado de mobilização permanente contra o governo Dilma. Além disso cresceu, nos últimos dias, o apoio ao impeachment da presidente, passando de 60%, em fevereiro, para 68% agora, segundo o Datafolha.

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Rejeitado por 69% da população, o governo até que demonstrou capacidade de reação surpreendente na sexta-feira (18). Atos em todos os Estados do país procuravam se contrapor aos protestos anti-Dilma. Em São Paulo, único ponto em que o Datafolha fez medição, reuniram-se 95 mil pessoas.

Foi, por um lado, a maior manifestação pró-Dilma, quase dobrando o contingente (55 mil) registrado no recorde anterior, em dezembro. Por outro, contudo, somados os públicos de domingo (500 mil, contra Dilma) e de sexta, o governo contou com cerca de 15% de quem esteve na avenida Paulista.

Diante desses números, adquire menor importância o cálculo dos possíveis votos entre os integrantes da comissão do impeachment. Nada parece garantido a esta altura. A sociedade se agita e se divide; os escândalos se sucedem, o ambiente econômico balança ao sabor das expectativas de cada hora.

É certo, no entanto, que eventual vitória de Dilma Rousseff na comissão parece a cada dia mais impossível. E o plenário da Câmara, que deverá votar o relatório final no máximo até maio, está longe de apresentar-se como favorável ao petismo, ainda mais sofrendo irrefreável pressão das ruas."

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