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Frias: com Russomano, eleitor chancela “franco-atirador”

Editorial da Folha aponta que candidatura do PRB representa vitória do personalismo sobre a política partidária

Frias: com Russomano, eleitor chancela “franco-atirador” (Foto: Folhapress)
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247 – Em editorial publicado nesta quinta-feira, a Folha de S. Paulo, dirigida por Otávio Frias Filho, apontou solidez na ascensão de Celso Russomano, mas afirmou que sua eventual passagem ao segundo turno, cada vez mais provável, representa uma vitória do personalismo sobre a política partidária. Segundo a Folha, Russomano é um “franco-atirador” na corrida eleitoral paulistana. Leia:

Russomanno, 35%

Pesquisa sugere vigor na liderança do candidato do PRB e perspectiva de disputa entre Serra e Haddad para participar do segundo turno

Contrariando prognósticos que davam como certa sua queda nas pesquisas tão logo se iniciasse o horário eleitoral na TV, Celso Russomanno (PRB) cresceu quatro pontos no mais recente levantamento Datafolha, passando de 31% para 35% das intenções de voto.

Enquanto José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) ficaram em empate técnico no segundo lugar, com 21% e 16% das preferências, o postulante do PRB aumentou para 14 pontos a vantagem sobre o adversário mais bem colocado.

É cedo para previsões definitivas, pois um mês ainda transcorrerá até o pleito -tempo suficiente para reviravoltas.

Os números, não obstante, dão solidez à ascensão de Russomanno. Ao se observar, por exemplo, a declaração espontânea de voto (quando o eleitor, sem o auxílio de uma lista, diz em quem pretende votar), verifica-se que o atual líder saltou de 18% para 25% -mais do que a soma de Serra e Haddad.

Outro dado que sugere a consolidação de Russomanno é o favoritismo nos cenários de segundo turno -em que bate seus oponentes.

Embora possa haver mérito intrínseco na campanha do PRB, a liderança do candidato parece decorrer, em larga margem, das fragilidades e do desgaste dos rivais.

Serra, além da má fama adquirida por ter abandonado o mandato de prefeito para concorrer ao governo do Estado, vê-se contaminado pela avaliação negativa de Gilberto Kassab (PSD), sua criatura política, cuja gestão é considerada ruim ou péssima por metade dos eleitores da capital.

Quanto a Haddad, apesar de conquistar terreno, começou a campanha como um desconhecido, o que favoreceu a tarefa de Russomanno de capitalizar a insatisfação com o atual prefeito.

Sobre a aversão de cerca de metade do eleitorado de São Paulo ao PT, que poderia desfavorecer seu candidato, vale lembrar que o partido elegeu Marta Suplicy para a prefeitura em 2000.

Embora parcela considerável dos eleitores possa mudar de voto (são 62% os que se declaram totalmente decididos), parece cada vez menos provável que se materializem as previsões de polarização entre Serra e Haddad.

Caso se confirme a presença de Russomanno no segundo turno, o eleitorado estará de certa forma chancelando o personalismo.

Com efeito, é antes como um franco-atirador que o candidato surge em cena do que como um nome amparado por uma estrutura partidária ou corrente minimamente enraizada na política paulista.

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