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Frias enxerga Fla-Flu onde existe disputa entre golpismo e democracia

Em seu artigo em que critica o filme da Lava Jato, Otávio Frias Filho, dono da Folha de S. Paulo, adere ao discurso de que o Brasil vive hoje um "Fla-Flu", como se disputa fosse entre "coxinhas" e "mortadelas", e não entre o golpe, apoiado por seu jornal, e a democracia destruída por esse processo; "dizer que o atual conflito é uma guerra de torcidas é dizer que há apenas adesões irracionais a símbolos ou personalidades e tornar equivalentes os dois lados. No entanto, a linha divisória da política é golpismo versus antigolpismo, ataque aos direitos e liberdades versus resistência a este ataque, exceção versus democracia", ensina o cientista político Luis Felipe Miguel

Em seu artigo em que critica o filme da Lava Jato, Otávio Frias Filho, dono da Folha de S. Paulo, adere ao discurso de que o Brasil vive hoje um "Fla-Flu", como se disputa fosse entre "coxinhas" e "mortadelas", e não entre o golpe, apoiado por seu jornal, e a democracia destruída por esse processo; "dizer que o atual conflito é uma guerra de torcidas é dizer que há apenas adesões irracionais a símbolos ou personalidades e tornar equivalentes os dois lados. No entanto, a linha divisória da política é golpismo versus antigolpismo, ataque aos direitos e liberdades versus resistência a este ataque, exceção versus democracia", ensina o cientista político Luis Felipe Miguel (Foto: Leonardo Attuch)
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247 – Em seu artigo em que critica o filme da Lava Jato, Otávio Frias Filho, dono da Folha de S. Paulo, adere ao discurso de que o Brasil vive hoje um "Fla-Flu", como se disputa fosse entre "coxinhas" e "mortadelas", e não entre o golpe, apoiado por seu jornal, e a democracia destruída por esse processo.

"Certos de que seu filme seria atacado no flá-flu que polariza o país, os produtores alegam não ter recorrido a renúncia fiscal para financiar a película. Informa-se que o custo de R$ 16 milhões foi arcado por investidores que preferem ficar anônimos", diz Frias, sobre o filme que, na prática, é uma peça de propaganda contra o ex-presidente Lula.

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A tolice de comparar a situação brasileira a uma guerra de torcidas, no entanto, é o aspecto mais grave do seu artigo. A esse respeito, vale a pena ler o texto do cientista político Luis Felipe Miguel, professor da Universidade de Brasília:

Luis Felipe Miguel

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O discurso de que vivemos um "Fla x Flu" político é particularmente cretino. A torcida por um clube de futebol é em geral motivada por razões afetivas, tradições familiares ou algo assim. Mas dificilmente alguém vai dizer que o Flamengo traduz valores e projetos melhores do que o Fluminense ou vice-versa, ou vai basear sua opção na visão de mundo de Guerrero ou de Richarlison.
 
Dizer que o atual conflito é uma guerra de torcidas é dizer que há apenas adesões irracionais a símbolos ou personalidades e tornar equivalentes os dois lados. No entanto, a linha divisória da política é golpismo versus antigolpismo, ataque aos direitos e liberdades versus resistência a este ataque, exceção versus democracia.
 
Os adeptos da tese do Fla x Flu e os isentões em geral, ao negar esta divisão, estão legitimando a ofensiva da direita e corroborando o ponto central de seu discurso, de que não está ocorrendo no Brasil nenhuma ruptura com a ordem instituída pela Constituição de 1988. Isto é, escolheram com clareza seu próprio lado.

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