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Mídia

Gabriel Priolli: quem vai sair do vermelho é a grande imprensa

"Se o governo de fato vai, de fato, tirar as contas públicas do vermelho, vamos ver. Se conseguirá erradicar o partido vermelho da política do Brasil, também é duvidoso. Mas que a imprensa aliada vai sair do vermelho este ano, com a torneira da bondade aberta no Palácio do Planalto, parece certo", diz o jornalista e professor Gabriel Priolli, em vídeo, ao site Nocaute; assista

"Se o governo de fato vai, de fato, tirar as contas públicas do vermelho, vamos ver. Se conseguirá erradicar o partido vermelho da política do Brasil, também é duvidoso. Mas que a imprensa aliada vai sair do vermelho este ano, com a torneira da bondade aberta no Palácio do Planalto, parece certo", diz o jornalista e professor Gabriel Priolli, em vídeo, ao site Nocaute; assista (Foto: Gisele Federicce)
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Gabriel Priolli, ao site Nocaute

O novo governo instituído no país é um governo de avanços, vamos convir.

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Avança não apenas sobre o Pré-Sal, os direitos sociais e as aposentadorias, mas também na propaganda oficial.

É só olhar o retrospecto.

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Primeiro, para tomar impulso, o governo recuou até o Século XIX. Tomou emprestado o lema dos positivistas que proclamaram a República e tascou "Ordem e Progresso" como lema da gestão.

Depois, concebeu o inspiradíssimo slogan "Bora Temer", para se contrapor ao popular "Fora Temer" – e só deixou disso quando alguém alertou o óbvio, que ele dava mais recall ao Fora do que estimulava o Bora.

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A ideia genial seguinte foi a de enfrentar o "Fora Temer" com um contundente "Fora Ladrão", mas, com meio governo investigado pela Lava-Jato, devem ter surgido dúvidas sobre a quem mesmo o slogan se referia.

Agora, a inspiração publicitária do governo dá um salto espetacular e atinge a Década de 50, quando o macartismo, nos Estados Unidos, se implantou como política de perseguição à esquerda.

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A campanha "Vamos Tirar o Brasil do Vermelho", no seu transparente duplo sentido, pretende pendurar a crise econômica atual exclusivamente na conta do PT, e sugere que seria bom acabar com os dois, a crise e o PT.

É um tanto contraditório que o governo da "pacificação nacional" enverede por esse tosco macartismo tropical e pretenda unir os brasileiros excluindo os petistas do grande abraço da conciliação.

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Mas a grande mídia não está nem aí. Não critica com rigor essa partidarização inaceitável da publicidade governista. Chove publicidade oficial para ela e a nova campanha só aumenta a enxurrada de dinheiro.

O blogueiro Miguel do Rosário estudou as verbas publicitárias do governo federal nos últimos dois anos. Apenas da administração direta, sem envolver as estatais.

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E o que revelou o estudo, no blog Cafezinho?

A Editora Globo, que publica Época, teve um aumento de 586% em publicidade estatal, de 2015 para 16.

Na Infoglobo, que reúne os jornais O Globo, Extra, Expresso e a Agência Globo, o aumento foi de 119%

Na Folha, foi mais modesto, de apenas 20%. Bem acima da inflação do período.

Mas quem arrebentou mesmo foi a Revista Caras. O aumento da verba publicitária federal, no seu caso, atingiu nada menos que... 2.472% !!!!

O derrame de publicidade é intenso nos veículos da velha mídia, mas não nos blogs e sites da esquerda, que estão na secura total.

Se o governo de fato vai, de fato, tirar as contas públicas do vermelho, vamos ver.

Se conseguirá erradicar o partido vermelho da política do Brasil, também é duvidoso.

Mas que a imprensa aliada vai sair do vermelho este ano, com a torneira da bondade aberta no Palácio do Planalto, parece certo.

Se é que irrigar a horta de alguns e secar a de outros pode ser algo certo, no planejamento de mídia de um governo democrático...

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