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      Gaspari: erros do MPF ameaçam a Lava Jato

      O jornalista Elio Gaspari alertou neste domingo, 31, que se o Ministério Público Federal aplicar o que chamou de “teoria da bosta seca” aos conflitos existentes nos depoimentos de réus confessos da Lava Jato, as investigações podem acabar em pizza; o jornalista lembra que os procuradores não quiseram fazer uma acareação entre o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para descobrir de quem partiu as contradições existentes nos depoimentos deles; "Tudo o que se precisa é intoxicar o processo", afirma Gaspari e alerta: "Edemar Cid Ferreira esperou nove anos, mas anulou sua condenação"

      O jornalista Elio Gaspari alertou neste domingo, 31, que se o Ministério Público Federal aplicar o que chamou de “teoria da bosta seca” aos conflitos existentes nos depoimentos de réus confessos da Lava Jato, as investigações podem acabar em pizza; o jornalista lembra que os procuradores não quiseram fazer uma acareação entre o doleiro Alberto Yousseff e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para descobrir de quem partiu as contradições existentes nos depoimentos deles; "Tudo o que se precisa é intoxicar o processo", afirma Gaspari e alerta: "Edemar Cid Ferreira esperou nove anos, mas anulou sua condenação" (Foto: Aquiles Lins)
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      247 - O jornalista Elio Gaspari alertou neste domingo, 31, que se o Ministério Público Federal aplicar o que chamou de “teoria da bosta seca” aos conflitos existentes nos depoimentos de réus confessos da Lava-Jato, as investigações podem acabar em pizza. "Bosta seca “é o tipo de coisa que quanto mais mexe, pior fica”: “Mexeu, fedeu”", diz ele.

      "Desde o início da Lava-Jato tudo o que os larápios precisam é de um tumulto no inquérito. Eles sabem o que fizeram. Só um louco poderia esperar por uma absolvição na primeira instancia. Tudo o que se precisa é intoxicar o processo", afirma o jornalista. 

      Gaspari cita como exemplo diálogos ocorridos durante um depoimento do operador Alberto Youssef. O procurador Andrey Borges mencionou a Youssef que havia contradições entre a sua narrativa e a do “amigo Paulinho”.

      No depoimento, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa mencionara transações que envolviam pedidos de pagamentos de R$ 2 milhões para as campanhas da presidente Dilma Rousseff em 2014 e de Roseana Sarney no Maranhão, em 2010. Ele teria encaminhado a Youssef os pleitos, trazidos pelo ex-ministro Antonio Palocci e pelo senador Edison Lobão.

      "Youssef diz que esses pedidos não aconteceram e ofereceu-se para uma acareação com “Paulinho”. Um dos dois está mentindo e ambos assinaram acordos que caducam caso sejam apanhados em patranhas. Não se conhece a identidade da pessoa que expôs a doutrina da bosta seca, não querendo mexer no assunto. Pode ter sido um procurador e é impossível que tenha sido um transeunte. Passaram-se vários dias, o dono da voz não foi identificado e não se anunciou a acareação", relata Elio Gaspari. 

      O jornalista alertou para outro erro cometido pelos procuradores. "A doutrina da bosta seca é tóxica. Baseado num vídeo da Polícia Federal, o Ministério Público pediu e obteve a prorrogação da prisão de Marice, cunhada de João Vaccari. Erro, a gravação mostrava Giselda, irmã da senhora".

      E faz um alerta: "A vida é arte, errar faz parte, mas a demora na condenação da doutrina da bosta seca e na identificação do seu formulador são mais que um detalhe. Edemar Cid Ferreira esperou nove anos, mas anulou sua condenação."

      Leia aqui o artigo de Elio Gaspari. 

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