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      GGN: o que a mídia esconde no 2º processo contra Lula nas mãos de Moro

      "O que a grande mídia não tem destacado é que este é mais um processo que, a julgar pelas provas colhidas até o momento, não deveria sequer estar tramitando na jurisdição de Moro, pois os procuradores não conseguiram estabelecer qualquer elo entre o suposto favorecimento a Lula e dinheiro desviado da Petrobras", diz a jornalista Cintia Alves, do Jornal GGN, sobre a ação em que Lula é acusado de receber propina na suposta compra de um terreno para o Instituto Lula  

      "O que a grande mídia não tem destacado é que este é mais um processo que, a julgar pelas provas colhidas até o momento, não deveria sequer estar tramitando na jurisdição de Moro, pois os procuradores não conseguiram estabelecer qualquer elo entre o suposto favorecimento a Lula e dinheiro desviado da Petrobras", diz a jornalista Cintia Alves, do Jornal GGN, sobre a ação em que Lula é acusado de receber propina na suposta compra de um terreno para o Instituto Lula   (Foto: Aquiles Lins)
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      Por Cíntia Alves, Jornal GGN - Entrou na reta final a ação penal que definirá se a Odebrecht bancou com recursos ilícitos dois imóveis que teriam a finalidade de beneficiar Lula. Roberto Teixeira, advogado e compadre do ex-presidente, foi o último réu a ser ouvido, na terça (19), no âmbito deste que é o segundo processo contra o petista nas mãos de Sergio Moro.

      Até aqui, o noticiário destacou os depoimentos de Lula, Marcelo Odebrecht e Antonio Palocci, sendo que este último - desesperadamente interessado num acordo de delação - foi o mais midiático, na visão da banca que defende o ex-presidente.

      O que a grande mídia não tem destacado é que este é mais um processo que, a julgar pelas provas colhidas até o momento, não deveria sequer estar tramitando na jurisdição de Moro, pois os procuradores não conseguiram estabelecer qualquer elo entre o suposto favorecimento a Lula e dinheiro desviado da Petrobras.

      Outro ponto central é que a denúncia original do Ministério Público foi desconstruída por uma série de depoimentos colhidos por Moro. Não há consenso, por exemplo, sobre a fonte dos recursos que a Lava Jato aponta como benefícios a Lula. A divergência fez com que o juiz Moro chegasse a alterar a peça acusatória para dar mais sentido à persecução penal. (Leia mais aqui)

      Além disso, a mídia passou longe de deixar claro que Moro ajudou os procuradores de Curitiba na blindagem aos sistemas de comunicação e registro de propina da Odebrecht. O juiz até autorizou uma perícia no Drousys e MyWebDay, mas vetou que a defesa de Lula possa ter acesso à integra dos materiais, com a desculpa de que há informações sobre outros processos penais que estão sob sigilo.

      Na prática, isso significa que o Ministério Público Federal pode ter pinçado dos sistemas trechos que foram usados para implicar Lula, e a blindagem de Moro serve para que a defesa tenha dificuldade de mostrar em que contexto esses dados estavam originalmente inseridos.

      A "disparidade de armas" em relação aos procuradores, a falta de conexão com a Petrobras e a necessidade de uma perícia para descobrir de onde, afinal, saiu o dinheiro que teria bancado favores a Lula, são objetos de uma petição que a defesa apresentou ainda na terça (19) ao juiz Moro.

      Os elementos da peça [em anexo] mostram pontos importantes do processo que são solenemente escanteados pelos jornalões. Aparentemente, a grande mídia prefere o estardalhaço de depoimentos como o de Palocci a colocar em xeque a atuação da turma Curitiba, expondo abusos e tropeços.

      Leia a reportagem na íntegra no Jornal GGN. 

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