Globo pede, em editorial, a queda de Ricardo Barros, não de Jair Bolsonaro
Jornal da família Marinho atribui as suspeitas de corrupção na Saúde ao líder do governo – e não ao governo em si

247 – "A cada dia, com mais denúncias de corrupção se empilhando à porta do Palácio do Planalto e sem respostas convincentes, fica mais insustentável a permanência do deputado Ricardo Barros (PP-PR) como líder do governo na Câmara. Barros está no centro de um escândalo desde que os irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, e Luis Claudio Miranda, deputado federal (DEM-DF), denunciaram ao presidente Jair Bolsonaro, em março, pressões para importação da vacina indiana Covaxin e disseram ter ouvido dele que se tratava de mais um 'rolo' de Barros. Em nenhum momento a informação foi desmentida", aponta o jornal O Globo, da família Marinho, num estranho editorial publicado nesta sexta-feira. Estranho porque o jornal da família Marinho atribui as suspeitas de corrupção na Saúde ao líder do governo – e não ao governo em si.
"À medida que as denúncias avançam, só aumenta a incerteza sobre as negociações — ou negociatas — que se desenrolavam nos subterrâneos do Ministério da Saúde para comprar vacinas, enquanto brasileiros morriam aos milhares. As denúncias revelam que a influência de Barros persistiu no ministério mesmo depois que ele saiu. O atual ministro, Marcelo Queiroga, tem obrigação de investigar todas. Dizer que as tratativas não se consumaram não é desculpa. Todo contrato suspeito precisa ser alvo de investigação. Mais que afastar os acusados, o governo também precisa, para manter um mínimo de credibilidade, se afastar de Barros e tirá-lo da liderança na Câmara", escreve ainda o editorialista.
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