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Guerra na imprensa

Reportagem da Carta Capital que expôs conversas entre o jornalista da Época em Brasília Eumano Silva e Dadá, araponga de Cachoeira, ainda rende constrangimentos; Eumano tomou satisfações com o autor da matéria, Leandro Fortes, em lançamento de livro na noite desta terça-feira

Guerra na imprensa (Foto: Edição/247 )
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Andressa Anholete _247 - O caso Carlinhos Cachoeira expôs mais do que um esquema de jogos ilícitos e favorecimentos em licitações públicas. Os grampos da Operação Monte Carlo evidenciaram que a imprensa brasiliense, que acompanha o poder de perto, está em pé de guerra. Quem frequentou o lançamento do livro "A mulher que era o general da casa - Histórias da resistência civil à ditadura", do jornalista Paulo Moreira Leite, na noite da última terça-feira 14, pôde comprovar. Aqueles que foram ao shopping Pátio Brasil para prestigiar o evento presenciaram o encontro entre o jornalista da Carta Capital Leandro Fortes e o jornalista da Época em Brasília Eumano Silva, que deve render buchichos pela imprensa do Distrito Federal nas próximas semanas.

Em reportagem publicada pela Carta Capital em maio, Fortes revelou uma relação de parceria entre Eumano e Idalberto Matias, vulgo Dadá, conhecido como araponga de Carlinhos Cachoeira (relembre em matéria publicada pelo 247). O incômodo de Eumano com a publicação dos grampos que expunham sua relação com Dadá foi exposto pelo colega da Época diretamente ao autor da reportagem nesta terça-feira: "Sinto uma mão segurar meu braço direito e uma voz das trevas a me acusar: 'Você é um rato, um rato, saia da minha vida'", relatou Fortes em texto postado em sua página no Facebook.

Na mesma mensagem, Fortes nega que faça parte da vida de Eumano. "Quer dizer, o sujeito é pego com a boca na botija traficando informação para um bicheiro, e o rato sou eu? E, como assim, 'saia da minha vida'? Desse tipo de vida, garanto, nunca fiz parte", escreveu, classificando a situação como lamentável. "Ele está transferindo a dor da culpa para mim, como se eu, ao publicar a história, fosse o culpado pelo comportamento dele. Não por outra razão ele veio me ofender me chamando de 'rato' -- justo ele, que caiu numa ratoeira montada pela PF", completou.

Ao 247, o jornalista da Época disse que este é "um relato parcial de uma conversa pessoal". Ele complementou afirmando que teria sido chamado de delator e jornalista corrupto. Eumano preferiu não dar mais detalhes sobre o assunto.

Fortes argumenta que Silva foi encontrado nos grampos pela Polícia Federal e não pelo jornalista. "Eumano Silva não foi flagrado por mim, mas pela Polícia Federal, negociando uma matéria com o araponga Dadá para prejudicar a Warre Engenharia, uma concorrente da Delta Construções, em Goiânia. O fez consciente de que estava servindo a uma quadrilha de bandidos, àquela altura, já sob a mira da PF. Além disso, ele adiantava à quadrilha o que iria sair no Jornal Nacional, da TV Globo", contou.

Eumano contesta que tenha relação com o contraventor e disse que estranha que Fortes faça matérias contra ele.

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