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Helena Chagas lamenta o “triste fim da comunicação pública”

"É preciso tomar cuidado para não jogar a criança fora com a água do banho. Não é uma troca inofensiva a da palavra 'pública' por 'estatal'. Pode representar o extermínio de qualquer vestígio de comunicação pública no país, com todos os danos que isso pode representar para a democracia e a cidadania", diz a jornalista

"É preciso tomar cuidado para não jogar a criança fora com a água do banho. Não é uma troca inofensiva a da palavra 'pública' por 'estatal'. Pode representar o extermínio de qualquer vestígio de comunicação pública no país, com todos os danos que isso pode representar para a democracia e a cidadania", diz a jornalista (Foto: Leonardo Lucena)
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247 - "Nos tempos estranhos em que vivemos, usar palavras como “público”, “republicano”, “cidadania” está fora de moda", diz a jornalista Helena Chagas. "Se dependesse de alguns, sobretudo nos mais altos escalões da administração, seriam abolidas do léxico porque, nos dias de hoje, parecem não servir para nada. São peças de um ferro-velho abandonado, sem uso depois do desmantelamento de iniciativas e programas considerados inúteis – ou pouco úteis – pelo atual governo. Como, por exemplo, quase todas as ações relacionadas a direitos humanos, direitos da mulher, minorias…"

De acordo com Helena, "a próxima vítima é a comunicação pública – que já não andava bem das pernas há tempos". "Mudança discutida esta semana pelo conselho de administração da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) pretende substituir, em seu plano estratégico, a missão de difundir notícias de 'interesse público' por 'notícias de Estado' em suas emissoras, como a TV Brasil, e na Agência Brasil. Evidentemente, um eufemismo para noticiário governamental. Uma regressão da EBC à antiga Radiobrás".

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"Não há como ser contra a divulgação de atividades governamentais, da forma mais completa e eficiente possível. É dever dos governos levar ao público, com transparência, notícias sobre suas ações e programas em produções para TV, rádio, Internet e impressos – assim como fazem outras instituições do Legislativo, do Judiciário e das administrações estaduais", diz ela, que criticou o desmonte na EBC e reforçou que a empresa "não é de divulgação estatal. Ela administra e produz conteúdo para aTV NBR do Executivo, mediante um contrato de prestação de serviço específico para isso".

"Enquanto isso não acontece, porém, é preciso tomar cuidado para não jogar a criança fora com a água do banho. Não é uma troca inofensiva a da palavra 'pública' por 'estatal'. Pode representar o extermínio de qualquer vestígio de comunicação pública no país, com todos os danos que isso pode representar para a democracia e a cidadania".

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