Intercept: intervenção no Rio é apenas um show para televisão
Reportagem do site The Intercept diz que a intervenção na Segurança Pública do Rio visa combater o que a imprensa vem chamando de "guerra" e "onda de violência" no Rio; "'Onda de violência' esta que é pior hoje em Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Amapá, Pernambuco, Bahia, Goiás e Ceará, de acordo com os dados do 11º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que utilizou dados de 2016, os últimos disponíveis. Mas você não age onde não rende notícia", diz o texto
Por Cecília Olliveira, The Intercept - O governo federal declarou intervenção militar na segurança do estado do Rio de Janeiro até o final do ano. Diz o decreto, apresentado nesta sexta-feira: "O objetivo da intervenção é pôr termo a grave comprometimento da ordem pública no Estado do Rio de Janeiro." Trocando em miúdos: combater o que a imprensa vem chamando de "guerra" e "onda de violência" no Rio.
"Onda de violência" esta que é pior hoje em Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Amapá, Pernambuco, Bahia, Goiás e Ceará, de acordo com os dados do 11º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que utilizou dados de 2016, os últimos disponíveis. Mas você não age onde não rende notícia.
A grandes redações se concentram no eixo Rio-São Paulo-Brasília, como o revelado pelo Atlas da Notícia, publicado no fim de 2017. Não é a toa que são os lugares sobre quais mais sabemos – e que parecem piores quando o assunto é violência.
Já está repetitivo falar isso, mas o que acontece no Rio hoje é o resultado de corrupção e mau planejamento, somados a falta de investimentos em pessoal e inteligência, descaso histórico – e complacente – e uma desigualdade social galopante.
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