Jânio defende mudança na equipe econômica
Pra o colunista da Folha, crise se agrava pela incapacidade do ministro Joaquim Levy (Fazenda) e do presidente do BC, Alexandre Tombini, de darem uma resposta, mesmo que “neoliberaloide”, depois de oito meses nos cargos; Jânio diz categoricamente que o vice Michel Temer age com deslealdade e que fala, sem dizer, na derrubada de Dilma; situações que não lhes credenciam a ser “alguém com capacidade de unir a todos”
247 - O jornalista Jânio de Freitas afirma em seu último artigo na Folha que o problema que estimula a impopularidade da presidente Dilma Rousseff (PT) está justamente onde ela acha que encontrará a solução: na política econômica, que ele classifica de “neoliberaloide”. Para o colunista, a equipe econômica não consegue dar uma resposta à crise: “Joaquim Levy (ministro da Fazenda) e Alexandre Tombini, no Banco Central, são as pessoas convenientes? Oito meses, dois terços do ano, de respostas insuficientes ou contrárias ao esperado – como dito pelo próprio Joaquim Levy – indicam que não. E atribuir as dificuldades à Câmara é fácil, mas pouco verdadeiro.”
Para o jornalista, parece não haver, em Dilma e na equipe central do governo, a mínima percepção desse problema, Dilma estaria preocupada e ocupada com a Câmara, com os partidos, com os cargos reivindicados "na chantagem de líderes de bancadas". "Mas tudo isso é efeito. O seu problema fundamental está na política econômica e na maneira como (não) é conduzida."
Jânio também acusa o vice-presidente de deslealdade após este declarar que Dilma não conclui o mandato a se permanecer os atuais índices de desaprovação. Para ele, “como conduta pessoal e dever político, não importa quem sejam o vice aliado e o presidente: é ato de aliado desleal. Ainda mais por ser apresentada como certeza, a hipótese de Temer inclui o estímulo indireto de mais hostilidades públicas à sua aliada.”
E continua: “Temer opinou que Dilma, sendo ‘uma guerreira’, parece-lhe avessa a renúncia. Ou seja, não termina o mandato sem melhorar a popularidade e não renuncia: Temer fala, sem dizer, em derrubada.”
O colunista vai além e afirma que, com sua segunda investida, Temer acaba por descredenciar-se do papel de magistrado: "Há um mês, o vice aliado disse ser "preciso alguém com capacidade de unir a todos". Muitos comentaristas e, claro, o PT, acharam que estava se propondo à sucessão imediata. Vê-se que tal papel de unificador não lhe fica bem."
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