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Mídia

Janja volta ao X após ataque hacker e cobra plataforma: "absurdo permitirem que crimes de ódio ocorram livremente"

Primeira-dama desabafou após ter sua conta invadida na semana passada: "pensei muito sobre voltar ou não, principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir"

A primeira-dama Janja e um agente da Polícia Federal (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil | Polícia Federal/Divulgação)
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247 - A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, voltou a publicar na rede social X (antigo Twitter) neste domingo (17), após ser alvo de um ataque hacker na última segunda-feira (11). Os criminosos não apenas acessaram sua conta, mas também invadiram seu e-mail e perfil no LinkedIn. O ocorrido gerou mensagens ofensivas e difamatórias em seu nome, incluindo declarações chocantes envolvendo violência sexual e outras afirmações.

Em um desabafo, Janja compartilhou sua experiência de vulnerabilidade e exposição. Nas redes sociais, a primeira-dama revelou ter se sentido exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes. Ela destacou os momentos de angústia, ansiedade e tristeza que vivenciou durante a invasão, mas também ressaltou o apoio e conforto recebidos por meio de diversas mensagens de solidariedade.

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Sua preocupação vai além do ataque pessoal que sofreu. Em seu desabafo, ela questionou a demora dos administradores da rede em agir diante das agressões em seu perfil. "Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas. Minha equipe de redes agiu rapidamente mas o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio. O transtorno e a burocracia continuaram para que a conta fosse recuperada e o relatório da plataforma fosse finalmente entregue para investigação da Policia Federal, o que aconteceu somente quatro dias depois dos crimes cometidos", escreveu. >>> LEIA TAMBÉM: Músicas misóginas e com discurso de ódio levaram adolescente a invadir as redes sociais de Janja

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Janja expressou preocupação com a situação de mulheres que, assim como ela, enfrentam ataques virtuais, mas não são figuras públicas. Ela ressaltou a dificuldade que muitas enfrentam para obter ação por parte das plataformas de redes sociais, apontando para o descaso, desrespeito e revitimização que frequentemente ocorrem nesses casos. "Precisamos falar sobre a responsabilização das plataformas. Não podemos permitir que cada vez mais crimes de ódio sejam cometidos contra nós, mulheres, fora e dentro do ambiente online. Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização para o X", denunciou a primeira-dama.

Além disso, Janja também lamentou o fato de um dos responsáveis pelos ataques ter apenas 17 anos: "é triste que um adolescente de 17 anos, que confessou a invasão ao meu perfil, esteja no ambiente das redes disposto a espalhar tanto ódio e repulsa às mulheres. Mais absurdo ainda é as plataformas permitirem que crimes de ódio sejam praticados livremente".

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No final de seu desabafo, a socióloga conclamou a sociedade, tanto no Brasil quanto no mundo, a engajar-se na luta contra crimes virtuais, particularmente aqueles direcionados às mulheres. Ela enfatizou a importância de combater as redes subterrâneas de ódio e criminalidade, defendendo a investigação e, se necessário, a exclusão dessas redes, além da responsabilização criminal por seus atos.

A primeira-dama encerrou sua mensagem reafirmando seu compromisso em permanecer ativa nas redes sociais como uma forma de continuar lutando pela segurança e liberdade de todas as mulheres. Confira o texto de Janja na íntegra:

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"Nesta última semana, depois de ter meu e-mail, X e LinkedIn invadidos, me senti exposta, agredida, ameaçada e desrespeitada como nunca antes. Foram momentos de angústia, ansiedade e tristeza, mas também de acolhimento e força com tantas mensagens de apoio e conforto que recebi.

Pensei muito sobre voltar ou não para essa rede social, não apenas por causa das agressões que aconteceram em meu perfil, mas principalmente por toda a demora dos administradores da rede X em agir, congelando meu perfil para que as agressões parassem de ser postadas e pudessem ser silenciadas. Minha equipe de redes agiu rapidamente mas o pesadelo se estendeu por uma hora e meia até o bloqueio. O transtorno e a burocracia continuaram para que a conta fosse recuperada e o relatório da plataforma fosse finalmente entregue para investigação da Policia Federal , o que aconteceu somente quatro dias depois dos crimes cometidos.

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Fiquei pensando na angústia de tantas mulheres que também sofreram e sofrem esse tipo de ataques e, por não serem pessoas públicas, têm ainda mais dificuldade para fazer com que as plataformas de redes sociais ajam. Na maioria das vezes, o que essas mulheres encontram é o descaso, o desrespeito e a revitimização, quando não a morte.

É triste que um adolescente de 17 anos, que confessou a invasão ao meu perfil, esteja no ambiente das redes disposto a espalhar tanto ódio e repulsa às mulheres. Mais absurdo ainda é as plataformas permitirem que crimes de ódio sejam praticados livremente.

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Precisamos falar sobre a responsabilização das plataformas. Não podemos permitir que cada vez mais crimes de ódio sejam cometidos contra nós, mulheres, fora e dentro do ambiente online. Não podemos permitir que as plataformas sigam lucrando em cima do ódio, coisa que tenho certeza que aconteceu no caso da invasão do meu perfil. Um hora e meia de monetização para o X.

A máxima machista que afirma que "a culpa sempre é da vítima" se repete infinitamente nos crimes virtuais. Por isso, redes subterrâneas de ódio e crimes fazem de reféns tanta mulheres, crianças e adolescentes. Essas redes precisam ser investigadas, se for o caso banidas, além de responder criminalmente pelos seus crimes.

Nós, mulheres queremos nos sentir seguras na sociedade e também no ambiente digital. Precisamos que a sociedade, no Brasil e no mundo, se engaje para combater esse tipo de crime, tão comumente cometido contra mulheres de todas as nacionalidades, posições políticas e classes sociais.

Por isso, decidi seguir firme e atuante nas redes sociais, mais uma maneira de continuar lutando para que todas as mulheres possam viver suas vidas livres de violência.

Seguimos juntas!!!"

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