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Mídia

Jornal alemão diz que Brasil está à beira do caos e que provocações de Bolsonaro se tornaram ameaças

O conservador Frankfurter Allgemeine, um dos jornais de mais prestígio na Alemanha, voltou a repercutir o cenário político criado por Jair Bolsonaro, cita os atos golpistas do fim de semana, a situação na pandemia e a carta de Celso de Mello aos demais ministros do STF

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Por Nathalia Bignon, para o 247 - O Frankfurter Allgemeine, um dos jornais de mais prestígio na Alemanha, voltou a repercutir o cenário político criado por Jair Bolsonaro, afirmando que o Brasil não está muito longe do caos.

O diário recordou que apoiadores de Bolsonaro saíram novamente às ruas no último fim de semana pedindo, de forma clara, o fechamento de instituições democráticas, temendo que o presidente fosse deposto e que o medo de uma ditadura é algo crescente entre membros da oposição.

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Atos antifascistas

Fazendo menção ao desfile protagonizado pelo presidente brasileiro, com direito a helicóptero da Força Aérea, passeio a cavalo entre manifestantes, o jornal destacou que, pela primeira vez, opositores a Bolsonaro e apoiadores se encontraram nas ruas.

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“A iniciativa partiu de torcidas organizadas de vários clubes de futebol que pediam o fim de ‘atos antifascistas’ em São Paulo e no Rio de Janeiro. Houve vandalismo e confronto entre torcedores e apoiadores de Bolsonaro, assim como com a polícia, que usou gás lacrimogêneo e balas de borracha”, diz um trecho da matéria.

Ku Klux Klan

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O jornal mencionou ainda a “manifestação no estilo da Ku Klux Klan” realizada no sábado passado, afirmando que a idealizadora do ato, Sara Geromini,O Frankfurter Allgemeine, um dos jornais de mais prestígio na Alemanha, voltou a repercutir o cenário político criado por Jair Bolsonaro, afirmando que o Brasil não está muito longe do caos. minimizou a semelhança da marcha com o simbolismo do clã. “A ideia veio de um membro judeu”, disse.

Diante do cenário, o periódico afirma que desde as últimas eleições o clima em Brasília chegou ao “ponto de ebulição”. Bolsonaro vê a investigação [contra as fake news] como outro ataque contra ele]. Já existem três dezenas de pedidos para um procedimento de retirada. “Basta!”, Ele disse no dia das buscas realizadas nas casas de apoiadores. Não haverá mais um dia como este”.

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Ameaças

Segundo o Frankfurter Allgemeine, as “provocações se tornaram ameaças” e reitera que, na semana passada, Bolsonaro compartilhou um vídeo no qual um advogado fazia referência a um artigo constitucional controverso, defendendo o uso do exército como uma "força moderadora" se os outros poderes deixarem o presidente em um "beco sem saída".

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“Tais alusões também vêm de representantes do Exército no governo. O general Augusto Heleno, ministro de Segurança Institucional de Bolsonaro, havia ameaçado ‘consequências imprevisíveis’ há alguns dias, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) enviou uma solicitação do Congresso para apreender o telefone celular de Bolsonaro”.

“Os generais do governo, que antes eram considerados moderados, estão unidos resguardando Bolsonaro. Seus membros criticam o fato de ações do judiciário e da legislatura restringirem a autoridade e a capacidade de agir do presidente”, diz adiante.

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Medo

O diário alemão também relata o medo crescente por parte da oposição e afirma que Bolsonaro permitirá que “o país caia no caos se ele continuar sob pressão legal e política. Dessa maneira, ele próprio poderia criar as condições para a intervenção do exército, para que o Congresso e os Tribunais sejam finalmente anulados”.

Intervenção militar

Com meio milhão de casos confirmados pela covid-19 e mais de 30 mil mortes registradas pela doença, o jornal ressalta que as consequências econômicas da crise serão graves e aumentam as tensões entre a população. “Caso haja mais confrontos entre apoiadores de Bolsonaro e seus adversários nas próximas semanas, a intervenção do exército não será mais um erro”.

Celso de Mello

Segundo a reportagem, uma carta enviada pelo juiz Celso de Mello aos outros magistrados da Suprema Corte mostra até onde chega o medo no país. “Mello, que não é conhecido por exacerbações e polêmicas, alertou para uma ditadura militar no Brasil. Ele chegou ao ponto de comparar a situação atual no Brasil com a República de Weimar. ‘É necessário resistir à destruição da ordem democrática para impedir o que aconteceu na República de Weimar’, escreveu Mello. O ‘ovo da cobra’ ameaça se abrir”, conclui o jornal.

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