Justin Timberlake investe em rede social. Fora dos filmes

247 – Em mais uma situação, a vida imita a arte. O cantor e ator americano Justin Timberlake é um dos compradores da rede social MySpace. Após uma redefinição do site de músicas, a gigante da comunicação News Corporation, de Rupert Murdoch, anunciou sua venda nesta quarta-feira, por US$ 35 milhões. O acordo encerra uma das fases menos bem-sucedidas da história do conglomerado, que estava a algum tempo buscando um comprador para o site. O cantor interpretou no filme A Rede Social um dos criadores do Napster, Sean Parker, que é sócio do maior rival do MySpace, o Facebook. Após a experiência bem sucedida nas telas, Justin decidiu investir dinheiro no mundo da internet.

O cantor está animado com a possibilidade de revitalizar o site, usando sua plataforma para unir artistas e fãs em uma única comunidade. Um escritório será construído na sede da companhia para abrigar o novo sócio, que devido a agenda de compromissos artísticos, não poderá comparecer todos os dias para acompanhar o funcionamento diário da empresa. A intenção dos novos compradores é fazer o MySpace voltar a ser a rede social que era em sua origem – um site para divulgar novas bandas e proporcionar espaço para discussões musicais.

Criado em 2003, o site já foi a mais popular rede social do mundo. Durante o auge do sucesso em 2005, a News Corporation comprou a Intermix Media, empresa dona do MySpace, por US$ 580 milhões. À época, a ferramenta possuía 20 milhões de usuários por mês nos EUA. Com a chegada do Facebook, em fevereiro de 2004, o MySpace caiu no esquecimento dos internautas. Atualmente, o site conta com 35 milhões de usuários cadastrados por mês nos EUA, um número muito inferior aos 157 milhões do Facebook. Os novos investidores calculam que o MySpace ganhará cerca de US$ 180 milhões em publicidade em 2011. O valor será utilizado para investimentos em novas bandas, promoção de conteúdos audiovisuais e de entretenimento.

O anúncio da venda provocou nesta quinta-feira um processo de demissão, anunciado em janeiro, de cerca de 500 funcionários. Há dois anos, quando foi ultrapassada em popularidade pelo Facebook, a rede contava com 1,4 mil colaboradores. Uma das primeiras saídas foi do diretor-executivo Mike Jones, que anunciou em um comunicado interno que deixaria a empresa nos próximos dois meses. Após os primeiros lucros, será iniciado um novo processo de seleção.