Kennedy destaca 'clara inflexão' pró-Dilma de Renan
"Há uma clara inflexão dos senadores nos últimos dias, sobretudo daqueles da base de apoio em geral e do PMDB em especial", escreve o colunista Kennedy Alencar; "O presidente do Senado mudou o tom da água para o vinho. Disse ontem que o impeachment não é prioridade do Congresso e afirmou que tratar disso seria atear fogo no país. É uma atitude totalmente diferente da que vem sendo adotada por Cunha", afirma



247 - O colunista Kennedy Alencar destacou nesta terça-feira, 11, a mudança de comportamento do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e da bancada do PMDB no Senado, demonstrando afastamento da chamada "pauta-bomba" estimulada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"O presidente do Senado mudou o tom da água para o vinho. Disse ontem que o impeachment não é prioridade do Congresso e afirmou que tratar disso seria atear fogo no país. É uma atitude totalmente diferente da que vem sendo adotada por Cunha", afirmou Kennedy.
Ele lembra medidas tomadas por Renan que desagradaram o governo da presidente Dilma Rousseff, como a devolução da medida provisória que reduzia a desoneração de impostos, obrigando o governo a apresentar um projeto de lei. O Senado também aprovou o reajuste do Poder Judiciário, que a presidente Dilma teve de vetar. "Há uma clara inflexão dos senadores nos últimos dias, sobretudo daqueles da base de apoio em geral e do PMDB em especial", diz o colunista.
Segundo Kennedy, a mudança de atitude de Renan Calheiros, mais aproximada ao governo, te a ver com a investigações da operação Lava Jato, em que ele é citado. "Informação de bastidor de que o inquérito em relação a ele no Supremo Tribunal Federal está num ponto de tramitação mais atrasado do que o de Cunha, do senador Fernando Collor e de outros políticos", conta. "A tendência é que Renan fique fora da próxima fornada de denúncias do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Só isso já dá ao peemedebista um fôlego na atual crise e o ajuda a se reaproximar do governo", completa.
Leia na íntegra o comentário de Kennedy Alencar.
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