Kennedy: perguntas a Lula sugerem fragilidade da tese de propina
Jornalista afirma que nas perguntas formuladas pelos delegados da Polícia Federal ao ex-presidente não há menção a uma única delação premiada que apontasse que Lula tivesse participado de algum acerto de propina com empresas em troca de contratos na Petrobras; "Se for levado em conta o depoimento dado pelo ex-presidente, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que eventualmente seja confirmada a tese de que Lula seria o chefe de um esquema de compra de apoio político por meio de propina em contratos da Petrobras", diz Kennedy Alencar
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247 - O colunista Kennedy Alencar afirmou nesta segunda-fera, 14, que as perguntas feitas pelos investigadores da Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugerem "fragilidade" para provar a tese de que o petista recebeu propina da Petrobras.
"Apesar de a Lava Jato completar dois anos neste mês, nas perguntas formuladas pelos delegados no depoimento prestado no último dia 4 de março, não houve menção a uma única delação premiada que apontasse que o ex-presidente tivesse participado de algum acerto de propina com empresas em troca de contratos na Petrobras", afirma.
Segundo o jornalista, as perguntas dos investigadores da Lava Jato sugerem que haveria confusão entre a contabilidade do Instituto Lula e da empresa de palestras do ex-presidente, a LILS. "Insinuam que as palestras no exterior poderiam ser fachadas de lobby, mas não apresentam uma evidência nesse sentido. Lançam suspeitas sobre o repasse de recursos a fornecedores do instituto. Repetem indagações já amplamente divulgadas e comentadas a respeito do sítio de Atibaia e do apartamento no Guarujá", afirma.
"Se for levado em conta o depoimento dado pelo ex-presidente, ainda há um longo caminho a ser percorrido até que eventualmente seja confirmada a tese anunciada pelo procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista no dia da Aletheia: a de que Lula seria o chefe de um esquema de compra de apoio político por meio de propina em contratos da Petrobras. A não ser que os investigadores estejam pensando em recorrer à Teoria do Domínio do Fato", completa.
Leia na íntegra o comentário de Kennedy Alencar.
Leia a íntegra do depoimento do ex-presidente Lula.
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