CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Mídia

Le Figaro: Brasil tem banho de sangue e “autoridades nem se comovem”

Jornal francês relata que "a mídia brasileira tem exibido imagens de uma violência indescritível: um banho de sangue, com corpos carbonizados, decapitados, esquartejados e corações arrancados"; para o veículo, o governo brasileiro foi alertado e não fez nada para impedir novos massacres

(Esteio - RS, 09/01/2017) Cerimônia de anuncio de renovação da frota de ambulâncias do SAMU: 340 veículos para o País, 61 para o Rio Grande do Sul. Foto: Beto Barata/PR (Foto: Gisele Federicce)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Da Rádio França Internacional

As rebeliões violentas nos presídios brasileiros continuam em destaque na imprensa francesa nesta segunda-feira (9). O jornal Le Figaro informou hoje, em título, que quase cem presos foram mortos no Brasil "e as autoridades nem se comovem".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O jornal relata que "a mídia brasileira tem exibido imagens de uma violência indescritível: um banho de sangue, com corpos carbonizados, decapitados, esquartejados e corações arrancados". Para o jornal, o governo foi alertado e não fez nada para impedir novos massacres.

As mortes nas prisões do norte do país são fruto da guerra de gangues pelo controle nacional do narcotráfico, protagonizada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), de São Paulo, e aliados locais do CV (Comando Vermelho), criado no Rio de Janeiro, explica o Le Figaro. O jornal lembra que a carnificina acontece na Amazônia, uma região de fronteira com o Peru, a Colômbia, a Venezuela e a Guiana. O Brasil é apontado como "uma etapa na rota dos países produtores de cocaína para a Europa".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O jornal chama de "desastrosa" a gestão da crise pelas autoridades. "Os presídios brasileiros se tornaram uma fonte de recrutamento fácil para os narcotraficantes, que oferecem proteção e serviços aos detentos expostos às carências do Estado", cita o jornal. "Desde outubro, os governadores locais pediram ajuda federal com urgência e alertaram a respeito dos riscos de implosão. Mas a resposta negativa do ministro da Justiça, com um mês de atraso, foi o primeiro erro do governo na gestão desastrosa dessa crise", observa o Le Figaro.

Temer demorou a reagir

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O diário critica abertamente o presidente Michel Temer, dizendo que ele "só rompeu o silêncio para falar dos massacres depois que o papa Francisco fez orações para os presos. E acrescenta: "no sábado (9), Temer foi até a casa da presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, para se redimir". O texto elogia a rapidez com que Cármen Lúcia reagiu à crise, visitando juízes da região logo após a rebelião de Manaus, mas nota com ironia que ela precisou recordar que eles também são responsáveis pela superlotação nas prisões.

Para encerrar, Le Figaro cita a série de declarações absurdas de autoridades, inclusive as que levaram à demissão do secretário da Juventude, Bruno Júlio, filiado do PMDB, que afirmou que 'tinha era que matar mais' e 'fazer uma chacina por semana' nas penitenciárias.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO