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Le Monde, um dos principais jornais franceses, denuncia impunidade de crimes na era Bolsonaro

Para Le Monde, a impunidade de crimes no governo Bolsonaro é um dos fatores que levaram ao desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Bolsonaro, Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)
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RFI - O jornal francês Le Monde dedicou um editorial, publicado na segunda-feira (14), ao desaparecimento na Amazônia do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O vespertino explica que esse episódio resume bem as diversas ameaças que enfrenta o “pulmão” do planeta e denuncia a visão “desenvolvimentista” de Jair Bolsonaro.

Le Monde explica que o desaparecimento acontece em um local que concentra “todos os males da Amazônia”: o Vale do Javari, uma região ameaçada por caçadores e pescadores ilegais, garimpeiros, agricultura agressiva e até por missionários evangélicos “decididos a converter a qualquer preço os últimos representantes dos povos isolados”. Sem esquecer o narcotráfico nessa parte do continente, que se tornou um centro por onde circula a cocaína vinda do Peru e da Colômbia com destino ao Brasil. Para o jornal, o Vale do Javari é “uma área de ilegalidade onde o crime prospera em todas as suas formas”. 

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“Essa situação crítica explica por que Phillips e Bruno Pereira, ambos experientes, correram o risco de ir até a região”, diz o vespertino. Nas palavras do jornal francês, os dois homens foram testemunhar a ameaça que paira sobre “esse paraíso perdido”.

Mas o editorial também fala da posição de Jair Bolsonaro, lembrando que a reação do chefe do Executivo foi bastante lenta antes de, finalmente, mobilizar as forças armadas. Além disso, o texto ressalta que, para o líder brasileiro, a prioridade na região sempre foi a extração das riquezas.

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“Ele nunca negou sua visão sobre uma região que deve ser explorada sem piedade, custe o que custar para seus nativos ou nosso futuro climático”, constata o jornal, que critica o estilo “desenvolvimentista” do chefe de Estado. “Desde que ele assumiu o cargo, o desmatamento e a extração de ouro explodiram, e a monocultura da soja, sinônimo de empobrecimento dramático da terra, está corroendo a floresta”, aponta o texto.

“Jair Bolsonaro também cortou o orçamento das instituições responsáveis ​​por garantir a proteção da natureza e das pessoas e permitiu que se instalasse um clima de total impunidade que pode explicar o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira”, acusa o editorial, antes de pedir que o presidente, com o fim do mandato que se aproxima, assuma a sua parte de responsabilidade no desastre que toma conta da região.

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