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Mídia

Manuel Castells: mídia brasileira perseguiu Lula de forma intensa

O sociólogo espanhol Manuel Castells, um dos mais importantes pensadores da atualidade, acusou a intensa participação da mídia na perseguição ao ex-presidente Lula, que é mantido preso político na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de Abril; "Os grupos midiáticos contribuíram para uma perseguição ao presidente Lula muito mais intensa que a um Congresso com deputados processados em alta proporção. Os jornalistas brasileiros são profissionais e tratam de informar, mas suas empresas são dependentes de grupos econômicos com interesses políticos", disse o sociólogo, que também fez críticas ao MBL

O sociólogo espanhol Manuel Castells, um dos mais importantes pensadores da atualidade, acusou a intensa participação da mídia na perseguição ao ex-presidente Lula, que é mantido preso político na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de Abril; "Os grupos midiáticos contribuíram para uma perseguição ao presidente Lula muito mais intensa que a um Congresso com deputados processados em alta proporção. Os jornalistas brasileiros são profissionais e tratam de informar, mas suas empresas são dependentes de grupos econômicos com interesses políticos", disse o sociólogo, que também fez críticas ao MBL (Foto: Aquiles Lins)
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247 - O sociólogo espanhol Manuel Castells, um dos mais importantes pensadores da atualidade, acusou a intensa participação da mídia na perseguição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é mantido preso político na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de Abril. Em entrevista à revista Época, da Globo, um dos principais atores na derrubada da presidente Dilma Rousseff e na prisão do ex-presidente Lula, Castells afirmou que os veículos de mídia brasileiros são "dependentes de grupos econômicos com interesses políticos". 

"Em primeiro lugar, não penso que as instituições brasileiras sejam nem mais fortes nem mais independentes do que as instituições similares da Europa Ocidental ou dos Estados Unidos. É plausível a ideia de que muitos grupos de mídia no Brasil sejam menos independentes do que a BBC, o Le Monde ou o The New York Times. Na realidade, eles são frequentemente mais partidários e ligados a grupos de pressão de pressão política do que em outros países. Esse é o caso também de um Judiciário altamente político. Os grupos midiáticos contribuíram para uma perseguição ao presidente Lula muito mais intensa que a um Congresso com deputados processados em alta proporção. Os jornalistas brasileiros são profissionais e tratam de informar, mas suas empresas são dependentes de grupos econômicos com interesses políticos", disse o sociólogo.

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"No Brasil, existe um controle não democrático da política pelo Congresso, que é amplamente corrupto, contando com a colaboração de alguns integrantes do Judiciário. Mas todos os indicadores mostram que os brasileiros não estão dispostos a ter outra ditadura corrupta como a dos anos 1980", disse Castells.

Ao falar da participação das redes sociais digitais na crise da democracia liberal, Castells fez uma dura crítica o MBL, movimento de extrema-direita que contribuiu para o golpe de 2016.

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"Por um lado, elas aumentam a autonomia dos cidadãos e de movimentos sociais vis-à-vis o sistema político, deslegitimando assim abusos das instituições democráticas. Por outro lado, elas amplificam movimentos de desestabilização por parte de forças não democráticas, como o Movimento Brasil Livre (MBL), financiado no Brasil pelos irmãos Koch [Charles e David Koch, bilionários americanos que financiam movimentos conservadores de direita].

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