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Marcelo Tas: “O 'CQC' não criou o Bolsonaro”

"Eu saí do CQC em 2014, e o Bolsonaro foi eleito em 2018. É surreal alguém achar que nós contribuímos para o Bolsonaro ser presidente, e não os 60 milhões de brasileiros que votaram nele", afirmou o apresentador Marcelo Tas

Marcelo Tas e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Alan Santos/PR)
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247 - O apresentador Marcelo Tas destacou que o CQC não contribuiu para a eleição de Jair Bolsonaro. "Eu saí do CQC em 2014, e o Bolsonaro foi eleito em 2018. É surreal alguém achar que nós contribuímos para o Bolsonaro ser presidente, e não os 60 milhões de brasileiros que votaram nele", afirmou. "Nós recebemos processos de vários partidos, o que mostra nossa independência. O CQC não criou Bolsonaro. Aliás, ele ainda me deve 2.000 reais", acrescentou. Os relatos dele foram publicados pelo jornal El País

Ao citar os R$ 2 mil, Tas fez referência à quantia sobre um dos processos movidos por Bolsonaro contra ele pedindo indenização de R$ 20 mil por danos morais e multa diária de R$ 10 mil caso o apresentador voltasse a se referir a ele pelos termos "racista, preconceituoso e homofóbico", como havia feito durante uma entrevista, em 2017. O Judiciário de São Paulo interpretou o posicionamento como liberdade de expressão e, em abril de 2019, extinguiu o processo, determinando que Bolsonaro arcasse com as despesas processuais equivalentes a 10% do valor atribuído à causa.

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As declarações de Tas foram um contrapondo à entrevista concedida pela ex-integrante do programa Mônica Iozzi ao 'Conversa com Bial'. "Ele (Bolsonaro) foi muito mais inteligente do que nós, do CQC", avaliou Iozzi. "Eu nunca consegui ter essa visão ampla de que, ao invés de estar fazendo uma denúncia, eu poderia estar dando palanque e aumentando o alcance daquele discurso de ódio", afirmou. 

O apresentador também disse ver risco na liberdade de expressão mesmo com o inquérito da fake news a cargo do Supremo Tribunal Federal. "O STF não pode ser o VAR das fake news", afirmou ele, fazendo um comparativo com a tecnologia do árbitro de vídeo empregada no futebol.

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"O VAR é o cidadão. É quem tem de ter autonomia e discernimento de olhar para as fontes [da notícia] e dizer se confia ou não. Agências de checagem são um grande avanço, mas não a solução. [Os ministros] Estão usando um conceito muito amplo para determinar o que é notícia falsa", continuou. 

"Para mim, a liberdade de expressão é inegociável, não apenas no humor. Isso não quer dizer que vale tudo. Quando alguém se sente atingido por uma reportagem ou uma piada, tem todo o direito de ir à Justiça. Mas colocar um limite é absolutamente contra os meus princípios".

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