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Marconi: OJC tenta desestabilizar governo

Governador, citado em gravaes do caso Cachoeira, critica veculos da Organizao Jaime Cmara, repetidora da TV Globo e dona do jornal O Popular. OJC diz que recebe crtica com serenidade. Em entrevista recente, tucano j havia comparado indiretamente seu caso com o de Roberto Marinho

Marconi: OJC tenta desestabilizar governo (Foto: Divulgação)
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Goiás 247 – O governador Marconi Perillo (PSDB) acusou veículos da Organização Jaime Câmara, que edita o jornal O Popular e é proprietária da TV Anhanguera – repetidora da Rede Globo – e da CBN Goiânia, de “tentar desestabilizar o seu governo”. O tucano usou palavras duras para criticar a cobertura que é feita da Operação Monte Carlo.

No dia 4, em entrevista ao Jornal Anhanguera, ele já havia mandado o que foi considerado um recado à Globo (veja abaixo). E também reclamou do tratamento na entrevista, considerado igualmente duro – ou “muito jornalístico”, na definição reservada de seus assessores na área de comunicação.

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A nota do governo foi enviada no final de semana à redação da TV Anhanguera e detalhada no Jornal Anhanguera 2a Edição desta segunda, 23. Segundo a apresentadora do telejornal, o governo avalia que houve equívoco da emissora na cobertura da manifestação pela ética, ocorrida no sábado em todo o País, ao mostrar que na capital goiana o movimento era contra a administração estadual.

“No Jornal Anhanguera, a chamada para a notícia da passeata do movimento nacional pela ética na política afirmou que se tratava de um movimento contra o governador Marconi Perillo, como se este fosse o objeto da manifestação”, diz a nota, exibida em pare na tela da TV.

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Ao longo da nota, observou a apresentadora, a assessoria do governador argumenta que a manifestação de sábado em Goiânia contou com a participação de 2 mil pessoas, de acordo com cálculos da Polícia Militar, e que durante o ato “surgiram algumas faixas de partidos que fazem oposição ao atual governo”, ficando “claro que se tratava de fato isolado dentro do movimento”.

A nota, no título direcionada à TV – “Nota do Governo de Goiás à TV Anhanguera” –, faz então críticas diretas a toda a organização.

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Aponta, primeiro, o que chama de “insistência” da TV Anhanguera na divulgação de fatos com o objetivo de desestabilizar o governo Marconi Perillo (literalmente: “...insistência com que a maioria dos veículos da Organização Jaime Câmara, especialmente a TV Anhanguera, vem de forma sistemática tentando desestabilizar o atual governo.”)

Depois, registra, mirando a direção de jornalismo: “Hoje percebe-se que existe por parte de alguns dos responsáveis pelo conteúdo dos jornais e telejornais da Organização Jaime Câmara, especialmente no caso da Operação Monte Carlo, a intenção de estabelecer relações que não existem e evidências que não se confirmam com fatos concretos.” Às redações, o recado: “a grande quantidade repetida de equívocos” na cobertura “demonstra a indisposição de alguns profissionais da OJC com o atual governo”.

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Conclui a nota: “O governo de Goiás tem a mais absoluta convicção de que, ao final de tudo, prevalecerão a verdade e a justiça. Mesmo com as tentativas de se criarem dificuldades artificiais e desnecessárias, o governador Marconi Perillo segue firme na defesa dos interesses de todos os goianos e cumprirá todos os compromissos firmados com o povo na eleição de 2010.”

A resposta da OJC veio em forma de editorial, lido pela apresentadora:

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“Os veículos de comunicação da Organização Jaime Câmara recebem com serenidade as críticas na nota do governo e reforçam que se manterão firmes no propósito de praticar um jornalismo responsável e comprometido com a verdade. A TV Anhanguera reconhece que o protesto do último sábado fazia parte de um movimento nacional contra a corrupção, mas argumenta que em Goiás as investigações da Operação Monte Carlo fizeram a manifestação tomar outro rumo. Sobre o número de pessoas na passeata é importante informar que a reportagem toma como referência o cálculo da Polícia Militar. O jornalismo da TV reafirma a missão de buscar a verdade e acrescenta que não tem nenhum interesse em desestabilizar os poderes constituídos. As reportagens sobre investigações exibidas nos telejornais da emissora se baseiam sempre na busca de fontes oficiais, como, por exemplo, a Polícia Federal, no caso da Operação Monte Carlo. A TV Anhanguera acredita que a divulgação de fatos tal como eles são vai ajudar a sociedade a formar juízo de valor e assim se manter confiante nas instituições responsáveis pelo destino do Estado”

Sobre o número de pessoas presentes na manifestação, o Goiás 247 ouviu de policiais militares, informalmente, que havia cerca de 5 mil, o que registrou na reportagem sobre o ato. Registrou também que a TV havia falado em 2 mil e que o site de O Popular informara que a PM teria avaliado em 3 a 5 mil os manifestantes. Vídeos e fotos na internet podem facilmente esclarecer a dúvida, e links para eles estão disponíveis nas reportagens do 247.

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As críticas à OJC lembram outro fato muito comentado nos bastidores: a longa entrevista, dia 4 de abril, que o governador deu ao Jornal Anhanguera, no horário do almoço. Nela, ao ser questionado sobre o que tinha a dizer a respeito do fato de o contraventor Carlinhos Cachoeira ter sido preso em uma casa que tinha sido sua, ele começou assim a resposta: “Olha, eu tenho informação de que um bicheiro famoso no Rio de Janeiro foi preso numa determinada época na casa de um dirigente de uma grande empresa de televisão no Brasil. Será que quem vendeu a casa tem culpa disso?”

A declaração de Marconi foi ouvida como tendo endereço certo: o criador da Rede Globo, Roberto Marinho, que vendeu uma cobertura em Copacabana para o bicheiro Aniz Abraão Davi, o Anísio.

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