"Mensalão" versus "trensalão": quem perde mais?
No dia 14, o STF retoma o julgamento que atinge o PT, enquanto manifestantes prometem cercar o tucanato paulista. Nessa competição perversa, só Marina sai no lucro
A mãe de todas as batalhas está marcada para esta quarta-feira, quando o chamado mensalão petista promete se encontrar com o trensalão tucano. Neste dia 14, o Supremo Tribunal Federal retoma o julgamento da Ação Penal 470 e setores alinhados com o PSDB já pressionam os ministros da corte para que os chamados embargos infringentes não sejam aceitos – o objetivo é tentar acelerar as prisões de réus ligados ao PT, como José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha.
Longe do Planalto Central, em São Paulo, o PT já se movimenta para engrossar o protesto convocado pelo Movimento Passe Livre contra o chamado “trensalão” ou propinoduto tucano, que teria superfaturado milhões nas obras do metrô de São Paulo. Para os jovens do MPL, sem os desvios que eles estimam em mais de R$ 400 milhões, as tarifas do transporte público na capital paulista custariam apenas R$ 0,90.
Enquanto tucanos e petistas atiram pedras uns contra os outros, num campeonato que só traz prejuízos aos dois lados, quem corre por fora é a ex-senadora Marina Silva. O que a nova pesquisa Datafolha, divulgada no último domingo, revela é que apenas ela cresceu de forma consistente, significatica e ininterrupta desde o início dos protestos.
Marina parece ser a candidata dos “sem partido”, mas esse, curiosamente, pode acabar sendo seu grande problema. Ainda faltam pelo menos 300 mil assinaturas, validadas em cartórios, para que ela consiga criar sua Rede Sustentabilidade. Ou seja: ela própria corre o risco de se transformar numa sem partido e ficar fora de um jogo que, até agora, a beneficia.
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