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Mídia elogia contabilidade criativa de tucano Alckmin

Governo de São Paulo usa subterfúgios contábeis para cumprir previsão orçamentária e mostrar serviço no aumento da arrecadação; o que foi duramente atacado como 'contabilidade criativa' do governo federal é chamado de 'ajuda de parcelamento de tributos' pelo jornal especializado Valor Econômico, das famílias Frias e Marinho; tratamento diferenciado para movimentos semelhantes comprova, outra vez, que regra vigente na mídia é "ao amigos tudo, aos inimigos a lei segundo a nossa interpretação"

Governo de São Paulo usa subterfúgios contábeis para cumprir previsão orçamentária e mostrar serviço no aumento da arrecadação; o que foi duramente atacado como 'contabilidade criativa' do governo federal é chamado de 'ajuda de parcelamento de tributos' pelo jornal especializado Valor Econômico, das famílias Frias e Marinho; tratamento diferenciado para movimentos semelhantes comprova, outra vez, que regra vigente na mídia é "ao amigos tudo, aos inimigos a lei segundo a nossa interpretação" (Foto: Ana Pupulin)
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247 – Dois pesos e duas medidas jornalísticas foram dados pelo veículo especializado Valor Econômico, das famílias Frias e Marinho, para o mesmo tipo de ajuste nas contas públicas feitas pelos governos federal e estadual de São Paulo. O que foi jocosamente chamado de "contabilidade criativa", que teria sido usada pelo Ministério da Fazenda para demonstrar superávit primário em 2013, mereceu a definição de "parcelamento de tributos" quando, agora, um recurso contábil também foi utilizado com o mesmo fim pela Secretaria de Fazendo do Estado de São Paulo. Como se sabe, o governo federal é administrado pela presidente Dilma Rousseff, do PT, enquanto o governo paulista é tocado pela terceira vez por Geraldo Alckmin, do PSDB.

Com o título "Com ajuda do parcelamento de tributos, SP atinge arrecadação projetada para 2013" – e sem nenhuma referência entre as 18 notícias destacadas em sua primeira página nesta terça-feira A2 --, o jornal Valor Econômico escolheu um tratamento bastante amistoso para dizer que "de forma semelhante ao governo federal" o governo de São Paulo fechou suas contas do ano passado.

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No caso do governo federal, que cerca de três meses atrás informou antecipadamente operações contábeis que seriam feitas em torno suas contas, o trabalho foi ironicamente chamado de "contabilidade criativa" e o ministro Guido Mantega e o secretário do Tesouro, Arno Augustin, foram atacados numa verdadeira razia feita pela mídia tradicional e familiar. A expressão foi usada de maneira crítica não apenas no Valor, mas também por veículos como as revistas Veja e Exame e o jornal O Globo.

Agora, porém, quando um recurso contábil – a inclusão de parcelamentos do ICMS – serve para elevar de 0,2% para 5% a alta real da receita tributária do Estado de São Paulo, nenhuma palavra irônica ou jocosa ainda foi escrita na mesma mídia tradicional e familiar.

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Graças ao recurso utilizado pelos auxiliares de Alckmin na Secretaria da Fazenda, comandada pelo tucano de quatro costados Andrea Calabi, São Paulo fechou 2013 com uma receita tributária positiva 2,6% maior que a projetada inicialmente. Sem os recursos parcelados do ICMS – um dinheiro que ainda deve entrar nos cofres do Estado, mas que efetivamente não entrou --, São Paulo teria fechado o ano passado com um déficit de 0,8% sobre o orçado. Ou seja, fecharia no vermelho.

Enquanto Mantega e Augustin foram fustigados por perguntas sobre a sua suposta "contabilidade criativa", desta vez o Valor não se deu ao trabalho nem mesmo de ouvir o secretário tucano Calabi, contentando-se com a palavra do chefe de Assistência Fiscal de Planejamento Estratégico da Secretaria da Fazenda.

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Tudo justificado para os tucanos, o jornal de economia que as famílias Frias e Marinho tem em sociedade ainda publicou abaixo da matéria simpática ao governo Alckmin um reportagem associada ao tema. É claro, agora sim com duras críticas... ao governo federal. "União precisa de ajuste fiscal 'crível', dizem analistas", com mais ataques à política econômica. Nesse contexto, a matéria principal soou como um verdadeiro elogio aos economistas tucanos sob a chefia de Alckmin

Como se pode ver pela edição de hoje do Valor Econômico, está vigorando na mídia tradicional e familiar, cada vez mais acentuadamente, a velha regra: "ao amigos, tudo; aos inimigos, a lei segundo a nossa interpretação"

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