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Mídia internacional repercute refúgio de Bolsonaro em embaixada da Hungria: 'o escândalo é enorme'

Estadia de Bolsonaro na Embaixada da Hungria por dois dias, após ter os passaportes confiscados durante uma operação da PF, foi vista como uma 'tentativa de fuga'

Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)
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247 - A estadia de Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria por dois dias após ter os passaportes confiscados pela Polícia Federal (PF) no âmbito das investigações que apuram o planejamento de um suposto golpe de Estado repercutiu na imprensa internacional. “O escândalo é enorme: o embaixador húngaro no Brasil foi convocado depois que Bolsonaro, que escapava da prisão, se escondeu na embaixada”, estampou o jornal húngaro Blikk

O espanhol El País destacou que a entrada de Bolsonaro na embaixada da Hungria “aconteceu quatro dias depois que a Justiça retirou o passaporte de Bolsonaro como uma medida cautelar enquanto ele é investigado por supostamente tecer um golpe de Estado com militares da ativa e da reserva". O texto também ressalta que o embaixador da Hungria no Brasil, Miklós Halmai, foi chamado pelo Itamaraty para prestar esclarecimentos sobre o episódio e que "o cerco judicial em torno de Bolsonaro não parou de se apertar desde que ele perdeu as eleições e o poder".

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Em sua reportagem sobre o assunto, o periódico alemão Deutsche Welle diz que “Bolsonaro tem boas relações com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban , que lidera o partido nacionalista de direita Fidesz”, além de observar que o” político de extrema direita [Bolsonaro] enfrenta múltiplas investigações criminais. A polícia brasileira não teria conseguido prendê-lo enquanto ele estivesse hospedado em uma embaixada estrangeira”. A notícia também destaca que Bolsonaro foi julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado e está "inelegível para cargos políticos até 2030 por espalhar desinformação durante as eleições de 2022, quando foi derrotado pelo atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva".

O indiano Times of India destacou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), "deu ao ex-presidente 48 horas para explicar a permanência na embaixada húngara". O britânico The Guardian, ressaltou que “o Ministério das Relações Exteriores do Brasil convocou o embaixador húngaro para explicar por que o ex-presidente do país sul-americano, Jair Bolsonaro, passou duas noites ‘escondido’ na embaixada da Hungria em Brasília no mês passado, enquanto investigadores da Polícia Federal se aproximavam de alguns de seus aliados mais próximos”.

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Saiba mais - O jornal norte-americano The New York Times revelou que Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria no Brasil durante o Carnaval, temendo ser preso em decorrência das investigações que pesam contra ele, desde tentar um golpe de Estado até falsificar certificados de vacinação. Bolsonaro teve seu passaporte confiscado pela Polícia Federal em 8 de fevereiro, no âmbito das investigações sobre uma trama golpista. Quatro dias depois, na noite de 12 de fevereiro, Bolsonaro foi filmado entrando na Embaixada da Hungria, onde permaneceu até o dia 14.

Bolsonaro esteve na companhia de seguranças e foi recebido pelo embaixador húngaro e sua equipe. A estadia de Bolsonaro na embaixada sugere uma tentativa de utilizar sua conexão com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um líder de extrema direita, como um meio de escapar da Justiça. Uma vez na embaixada, o ex-mandatário não poderia ser preso pelas autoridades brasileiras. A proximidade entre Bolsonaro e Orban tem sido evidente ao longo dos anos.

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