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Miguel Nicolelis: estamos numa tsunami do absurdo

O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, um dos mais respeitados do mundo, alerta para aquilo que seria quase impossível: piorar ainda mais a situação do país depois do nosso pior presidente-golpista da história, Michel Temer; ele diz: "estamos numa tsunami do absurdo, surreal. Ela é tão poderosa, violenta e descomunal em termos de tamanho e forma que não para. Não dá ouvidos a nada, não reflete sobre nada. Essa tsunami ameaça engolir o país. Ela ameaça afogar a cultura e a civilização brasileira"

Miguel Nicolelis: estamos numa tsunami do absurdo
Gustavo Conde avatar
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247 - O neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, um dos mais respeitados do mundo, alerta para aquilo que seria quase impossível: piorar ainda mais a situação do país depois do nosso pior presidente-golpista da história, Michel Temer. Ele diz: "estamos numa tsunami do absurdo, surreal. Ela é tão poderosa, violenta e descomunal em termos de tamanho e forma que não para. Não dá ouvidos a nada, não reflete sobre nada. Essa tsunami ameaça engolir o país. Ela ameaça afogar a cultura e a civilização brasileira".

O site Tutaméia entrevistou Miguel Nicolelis e o cientista falou sobre a gravidade do momento. Para ele, que vota em Fernando Haddad, a eventual vitória de Jair Bolsonaro e o caos interessam "a quem não quer o Brasil sendo um país protagonista". O país, acrescenta, "participou [nos governos do PT] da criação de uma multipolaridade geopolítica que incomodou profundamente. Claramente o Brasil tinha que ser removido como protagonista internacional".

Segundo o cientista, o padrão, afirma, é o mesmo seguido na Líbia, na Ucrânia, na Síria, no Egito, na chamada Primavera Árabe. "Olha o que sobrou da Líbia, da Síria, casos muito semelhantes ao nosso. Essas guerras assimétricas têm impressões digitais. Podem ser ações de grupos que estão lutando pela dominação financeira do mundo".

Nicolelis ainda fala sobre a violência nas ruas do país: "tem gente desenhando a suástica nas paredes do Brasil sem saber o que ela representa para a história da humanidade. Deve ter gente indo na moda. Porque nunca ouviu falar da Segunda Guerra Mundial, do Hitler. Tem um limite para o absurdo, mas nós estamos desafiando esse limite. A sensação de várias pessoas é a de as eleições no Brasil estão desafiando as leis do absurdo". 

Sobre a eleição em si, Nicolelis afirma estar "esperançoso de que ainda haja pensamento crítico e racional no Brasil. No momento final, vamos escapar por um fio de cabelo da tragédia, do caos, da barbárie. Porque essa é uma decisão entre a civilização e a barbárie".

Ele complementa: "minha esperança é que, no momento decisivo, haverá um número maior de brasileiros que quer manter o Brasil como nação soberana, democrática, civilizada, não misógina, não homofóbica, não racista. E chegue lá e vote, não pela opção do partido nem mesmo pela pessoa, mas que vote por uma opção de pais que nos mantenha na comunidade internacional e no mundo civilizado. Porque a outra opção é um pulo no abismo sem saber onde ele termina".

 

 

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