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Míriam Leitão: caso Salles mostra que governo tentará punir quem investigar crimes

A jornalista faz referência ao afastamento do delegado da PF Franco Perazzoni, que deixou a chefia da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros do Distrito Federal. Ele comandou uma operação que fez buscas em endereços de Ricardo Salles e apura se o ministro do Meio Ambiente atuou em favor de madeireiros ilegais

Ministro Ricardo Salles, delegado Franco Perazzoni e a jornalista Miriam Leitão (Foto: Adriano Machado - Reuters / Pedro França - Agência Senado / Reprodução (GloboNews))

247 - Em coluna publicada no jornal O Globo, Míriam Leitão diz que "o fato de o delegado da Polícia Federal Franco Perazzoni perder a chefia da Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros do Distrito Federal é parte do trabalho do governo da demolição da Polícia Federal e mostra que a política de Salles é o projeto de Bolsonaro contra o meio ambiente". 

De acordo com a jornalista, "o caso mostra que quem investigar qualquer falha do governo será punido, e principalmente quem for atrás dos muitos indícios de crimes cometidos por Salles". "O recado é claro: Salles tem todo apoio do presidente e permanece forte porque ele é operador da política de destruição do meio ambiente do governo Bolsonaro. Ele nunca fez segredo em relação a isso. Sempre falou contra qualquer proteção ambiental", afirma a avalia. 

A colunista destaca que, nesta terça-feira (22), no lançamento do plano Safra, Bolsonaro "fez elogios rasgados ao ministro". "Disse que Salles conseguiu conciliar meio ambiente e agricultura, quando todos sabem que ele tem feito ataques deliberados ao meio ambiente e nem esconde isso, como a sua proposta de 'passar a boiada'". 

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