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Miriam Leitão lamenta compra de deputados por Temer

"O Brasil vive pela segunda vez a exibição vergonhosa do balcão de negócios do Planalto. Temer, a cada denúncia, abre as portas para parlamentares que vão, com maior ou menor grau de despudor, vender seus votos em troca de alguma moeda: o apoio a projetos, a liberação de recursos, a defesa de interesses. O peemedebista dá a desculpa de que receber políticos é sua forma de governar", escreve Miriam Leitão, que teme reflexos na economia 

Míriam Leitão e Michel Temer (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Em sua coluna nesta quinta-feira, a jornalista Miriam Leitão lamentou que Michel Temer tenha promovido uma explícita compra de parlamentares para se safar da denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) na Câmara.

"O Brasil vive pela segunda vez a exibição vergonhosa do balcão de negócios do Planalto. O presidente, a cada denúncia, abre as portas para parlamentares que vão, com maior ou menor grau de despudor, vender seus votos em troca de alguma moeda: o apoio a projetos, a liberação de recursos, a defesa de interesses. O presidente dá a desculpa de que receber políticos é sua forma de governar.

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Isso deprecia ainda mais a política e reduz a confiança na economia. Como o mercado tem estado em alta, o governo Temer acha que tudo o que fizer para se manter no poder não vai provocar uma onda negativa nos preços dos ativos. Está enganado. Há fatores externos, muito autoengano, e especulação na elevação da bolsa e na valorização do real. Mas, se houver algum evento que reduza a liquidez internacional, o mercado muda de humor e passa a ver os problemas aos quais está indiferente agora.

Na política, às vezes há pequenos avanços, como a aprovação da minirreforma com o fim das coligações proporcionais e cláusula de barreira. Mas, em geral, o que se vê é uma sucessão de absurdos em sequência, como a tentativa de usar o Refis para parcelar o pagamento das dívidas de investigados da Lava-Jato. Não fosse derrubada, passaria a ser conhecida como Refis da Corrupção.

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Quando começa a caravana ao Planalto, o risco fiscal aumenta. Propostas que elevam gastos ou a renúncia fiscal começam a andar, como a de não cobrar dívidas do setor rural junto à Previdência. O presidente tem se comprometido com questões e projetos sem qualquer transparência. E assim o país acaba sendo surpreendido por decisões como as que são tomadas de forma atabalhoada na área ambiental. Ontem mesmo o “Estadão” noticiou um acordo entre governo e ruralistas para editar uma MP e regularizar o arrendamento de terras indígenas ao agronegócio. Um duplo ataque, aos índios e à floresta. O governo, mais tarde, negou."

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