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Moro desmoralizou de vez a Lava Jato ao se aliar a Bolsonaro, aponta editorial do Estadão

Jornal diz que o ex-juiz suspeito corrompeu o Poder Judiciário para perseguir adversários e favorecer seus aliados políticos

Sergio Moro e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Band)
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247 – O ex-juiz suspeito Sergio Moro, que quebrou praticamente todas as construtoras brasileiras, desempregou 4,4 milhões de trabalhadores, criou as condições econômicas para o golpe de estado de 2016 e prendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para eleger Jair Bolsonaro, de quem recebeu como recompensa o Ministério da Justiça, desmoralizou a Lava Jato. Esta é a posição do jornal Estado de S. Paulo, que publica hoje seu mais duro editorial contra o ex-juiz suspeito.

"Ao apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro, depois de ter dito tudo o que disse ao País sobre o modo como o atual presidente da República tenta escapar das consequências da lei, o agora senador eleito pelo Paraná transmite a mensagem de que a lei não vale para todos – alguns teriam o privilégio de não responder pelos seus atos – e de que a política deve prevalecer sobre a lei – o interesse político autorizaria amenizar os efeitos da lei", aponta o editorialista.

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"O caso é um inteiro absurdo. O atual comportamento de Sérgio Moro não é contraditório com o que outros disseram a respeito do governo Bolsonaro, e sim com o que ele mesmo sempre disse. Foi o próprio ex-juiz que, em abril de 2020, narrou ao País várias tentativas de Jair Bolsonaro para interferir na Polícia Federal (PF), coisa que, segundo Sérgio Moro, 'a despeito de todos os problemas de corrupção dos governos anteriores', não tinha acontecido durante a Lava Jato. Nos governos petistas, 'foi garantida a autonomia da Polícia Federal', e 'isso permitiu que os resultados (da Lava Jato) fossem alcançados', disse.

"Além disso, ao ignorar os muitos indícios de lavagem de dinheiro envolvendo a família Bolsonaro – 51 imóveis cuja compra envolveu dinheiro vivo –, Sérgio Moro ajudou a reforçar a tese dos detratores da Lava Jato: a de que as lideranças da Operação nunca estiveram de fato interessadas no cumprimento da lei, mas apenas em perseguir opositores políticos. Os inimigos da Lava Jato não são o PT, o Supremo Tribunal Federal ou Romero Jucá, político que, em 2016, foi flagrado defendendo a necessidade de “estancar a sangria”. É o próprio Sérgio Moro quem, de forma sistemática, desmoraliza e desautoriza o trabalho da Lava Jato", escreve ainda o editorialista. "Agora, ao participar do núcleo da campanha de reeleição de Bolsonaro – justamente quem o teria impedido de realizar seu trabalho de combate à corrupção na pasta da Justiça –, Sérgio Moro diz que a lei é só para os inimigos e que, na política, vale tudo. É a antítese perfeita da mensagem renovadora da Lava Jato", finaliza.

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