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'Nariz empinado': Baerbock não convence internautas brasileiros a mudar posição sobre Ucrânia

Ministra alemã é criticada em redes sociais após dizer que mães de Itaquera e Campinas não se importam com conflitos internacionais, mas com "preço do arroz e do feijão"

Annalena Baerbock (Foto: BENJAMIN WESTHOFF/REUTERS)
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Sputnik - Nesta quinta-feira (8), declaração proferida pela ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, durante visita oficial ao Brasil, gerou onda de críticas nas redes sociais.

Durante seu discurso na Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), Baerbock sugeriu que brasileiros de baixa renda não se preocupariam com eventos internacionais, por estarem focados em garantir a sua subsistência.

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"Gostaria de dizer claramente: compreendo perfeitamente que vocês aqui na América Latina percebam a ameaça desta guerra de maneira diferente de nós na Europa. Já ouvi em todo o mundo: em primeiro lugar, 'onde você estava quando precisávamos de você?' Mas também 'onde fica mesmo a Ucrânia?' Compreendo perfeitamente que uma mãe de Itaquera [bairro de SP] ou de Campinas diga: 'Para mim, o preço do arroz e do feijão no supermercado nesta semana é mais importante do que o que acontece em um país a 11 mil quilômetros de distância'", declarou Baerbock.

A reação foi imediata nas redes sociais e canais do YouTube, com leitores aplaudindo as mães de Itaquera e Campinas por focarem seus esforços na manutenção da vida, e não no envio de armas para semear a morte.

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Um leitor da matéria sobre o tema na Folha de São Paulo, por sua vez, questionou o comprometimento europeu com a América Latina.

"Engraçado os momentos em que a Europa lembra que a América Latina existe. Ou quando estão assando com o aquecimento global ou quando estão em guerra. Fora isso, sabemos muito bem como nos enxergam", escreveu o leitor.

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O comandante Robinson Farinazzo engrossou o coro no Twitter, em seu canal Arte da Guerra, criticando a tentativa da ministra alemã de comprometer o Brasil no conflito europeu.

"O Ocidente investiu US$ 124 bilhões de dólares [cerca de R$610 bilhões] e reuniram uma coalizão de 28 países que estão contra a Rússia, enviando todo tipo de armamento, mercenários, satélites e, mesmo assim, não resolvem o problema. E agora estão tentando empurrar o problema para o Brasil? Tenha dó", disse Farinazzo.

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O comandante ainda notou que Baerbock "saiu do Brasil de mãos abanando", já que não foi recebida nem pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, nem pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, que se encontra em viagem oficial à França.

"Os problemas da Europa não são os problemas do mundo. Essa gente metida, de nariz empinado tem que entender isso", resumiu Farinazzo.

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A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, cumpriu agenda em São Paulo e em Brasília, onde foi recebida pela secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha. O Itamaraty publicou comunicado conjunto, manifestando comprometimento à cooperação bilateral e ao combate às mudanças climáticas.

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