Noblat admite que reforma da Previdência subiu no telhado
Amigo pessoal de Temer, o jornalista Ricardo Noblat relata diálogo travado entre o peemedebista e o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), que tem já anunciou ser oposição ao governo, sobre o fracasso da reforma da Previdência: "- Presidente, o senhor vive cercado de puxas sacos. Eles só lhe dizem o que o senhor quer ouvir. E por isso não dizem a verdade. - Qual é a verdade, Fabinho? - A verdade é que a reforma da Previdência, por exemplo, não passa. De jeito nenhum. O senhor pode criar 360 ministérios, dar um para cada deputado, e nem assim a reforma passará"
247 - O jornalista Ricardo Noblat, do Globo, reconheceu nesta quarta-feira, 22, que a reforma da Previdência pretendida por Michel Temer não passará no Congresso Nacional, após a forte pressão e mobilização popular.
Amigo pessoal de Temer, Noblat relata diálogo travado entre o peemedebista e o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), que tem já anunciou ser oposição ao governo:
"- Presidente, o senhor vive cercado de puxas sacos. Eles só lhe dizem o que o senhor quer ouvir. E por isso não dizem a verdade.
- Qual é a verdade, Fabinho?
- A verdade é que a reforma da Previdência, por exemplo, não passa. De jeito nenhum. O senhor pode criar 360 ministérios, dar um para cada deputado, e nem assim a reforma passará.
- Fabinho, você quer me derrotar.
- Não quero não, presidente. Sempre fomos amigos. Mas o senhor está distante da planície.
Temer não respondeu. Ramalho emendou:
- O senhor é político. Sabe que a um político se pode pedir tudo, menos que se suicide. A um ano e pouco da próxima eleição, a reforma da previdência não passa porque ninguém quer se arriscar a perder o mandato", relata Noblat.
O colunista destaca o anúncio de Michel Temer nessa terça-feira, 21, que retirou da proposta enviada ao Congresso os servidores municipais e estaduais.
"Temer pretendia ver a reforma aprovada na Câmara até o fim do próximo mês. E no Senado em maio. Dificilmente será assim. Para ganhar tempo e tentar vencer a resistência de sua própria base de apoio, Temer concordou com a ideia de se votar primeiro a reforma trabalhista. Se precisar ainda de mais tempo, votará em seguida um arremedo de reforma tributária. Nada de muito ambicioso. Nada que ele próprio chame pelo nome de reforma. E só então chegará a vez da reforma da Previdência", diz Noblat.
Leia na íntegra o artigo de Ricardo Noblat.
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