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Noblat espalha boato falso sobre convocação do PT contra golpe

Colunista Ricardo Noblat, do Globo, espalhou uma mentira: a de que o PT estaria convocando seus militantes a vestir vermelho e ocupar as ruas no dia 15 de março, quando estão previstas manifestações pelo impeachment; tentativa de acirrar os ânimos busca fazer o Brasil de 2015 retroceder a 1992, ano da queda de Fernando Collor; secretário de Comunicação do PT, Alberto Cantalice desmentiu a ficção de Noblat

Colunista Ricardo Noblat, do Globo, espalhou uma mentira: a de que o PT estaria convocando seus militantes a vestir vermelho e ocupar as ruas no dia 15 de março, quando estão previstas manifestações pelo impeachment; tentativa de acirrar os ânimos busca fazer o Brasil de 2015 retroceder a 1992, ano da queda de Fernando Collor; secretário de Comunicação do PT, Alberto Cantalice desmentiu a ficção de Noblat (Foto: Leonardo Attuch)

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247 - O jornalista Ricardo Noblat, colunista do Globo, espalhou uma mentira: a de que o PT teria convocado seus militantes a ocupar as ruas, no próximo 15 de março, vestindo roupas vermelhas.

No mesmo dia, estão sendo convocadas, em várias cidades, manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Noblat tenta fazer com que o Brasil de 2015 retroceda a 1992. Naquele ano, quando brasileiros decidiram sair de luto às ruas, cobrando o impeachment de Fernando Collor, o ex-presidente pediu que as pessoas vestissem verde e amarelo.

Deu no que deu.

A mentira de Noblat, desmentida por Alberto Cantalice, secretário de comunicação do PT, tem como único objetivo engrossar os protestos da oposição. Leia abaixo:

PT convoca seus militantes a irem às ruas em defesa do mandato de Dilma. Isso é dançar com a Morte

Ricardo Noblat

O PT tira a Morte para dançar quando convoca seus militantes a vestir vermelho e a ocupar as principais avenidas de 80 cidades do país no dia 15 de março próximo em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

O ato será uma resposta aos promotores de manifestação semelhante marcada para esse mesmo dia nas mesmas 80 cidades. Com duas diferenças: essa será pelo impeachment de Dilma. E as pessoas deverão vestir verde e amarelo.

No segundo semestre de 1992, quando avançava o processo político que resultaria na cassação do seu mandato por corrupção, o então presidente Fernando Collor convocou seus simpatizantes a saírem às ruas em defesa do governo vestindo verde e amarelo.

No que deu: milhares de pessoas foram para as ruas vestidas de preto e pedindo a queda de Collor. Foi o gatilho que disparou o impeachment. Menos de quatro meses, o presidente estava no chão. Renunciou ao mandato. Mas o Congresso preferiu cassá-lo.

O batom na cueca de Collor havia sido um Fiat Elba comprado para ele por seu tesoureiro de campanha, PC Farias, com sobras de dinheiro de campanha.

PC Farias também pagou despesas da primeira dama Rosane Collor. Tudo mixaria se comparado com os bilhões de reais desviados da Petrobras.

Contudo, pelo menos uma coisa distingue a situação de Collor da atual situação de Dilma. O ex-presidente foi acusado de corrupção praticada durante o seu mandato. Se acusarem Dilma de algo parecido, será pelo que aconteceu no seu mandato anterior.

Ninguém pode ser punido por crime registrado em outro mandato. Que Dilma, porém, não se anime muito com isso.

Impeachment é um processo político, não jurídico. Como dizia o deputado Ulysses Guimarães (PMDB-SP), quando se conta com maioria no Congresso se faz qualquer coisa – menos transformar homem em mulher ou mulher em homem.

Luiz Estevão de Oliveira perdeu seu mandato de senador em 2000 não por que desviou milhões de reais da construção do Fórum Trabalhista de São Paulo, mas porque mentiu ao se defender. Você imagina um político se defender de algo grave sem mentir?

No ano passado, Lula convocou a militância do PT a abraçar o prédio da Petrobras, no Rio, em defesa da empresa. Pouca gente compareceu. Não deu para dar o abraço. Agora, o PT se arrisca de fato a estar tirando a Morte para dançar. Não será por falta de aviso.

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