HOME > Mídia

Nogueira relata "quebra pau" com Diogo Mainardi

Colunista do Diário do Centro do Mundo conta a reação do jornalista contra única lista das 100 pessoas mais influentes do Brasil da revista Época que incluiu a mídia: 'Ele se gabava de ser colunista da Veja, como aquele personagem de Chico Anísio que dizia trabalhar na Globo. Imagino a dor que ele sinta, hoje, quando já não pode dizer, arrogantemente, isso'; "Uma segunda paulada em mim viria depois pelo Mainardi digital da Veja, Reinaldo Azevedo", acrescenta

Colunista do Diário do Centro do Mundo conta a reação do jornalista contra única lista das 100 pessoas mais influentes do Brasil da revista Época que incluiu a mídia: 'Ele se gabava de ser colunista da Veja, como aquele personagem de Chico Anísio que dizia trabalhar na Globo. Imagino a dor que ele sinta, hoje, quando já não pode dizer, arrogantemente, isso'; "Uma segunda paulada em mim viria depois pelo Mainardi digital da Veja, Reinaldo Azevedo", acrescenta (Foto: Roberta Namour)

247 – Em artigo no Diário do Centro do Mundo, Paulo Nogueira, ex-diretor da Editora Globo, conta o “quebra pau” que teve com Diogo Mainardi quando decidiu incluir nomes da mídia na lista das 100 pessoas mais influentes do Brasil na revista Época. Leia trechos:

Curiosamente, o maior problema que tive, depois, não foi com gente que não entrou – mas com um integrante da lista, Diogo Mainardi, então colunista da Veja.

Escrevi, essencialmente, que Mainardi vivia de Lula. Notei também que ele “mainardizara” a revista. E disse uma coisa que o magoou extraordinariamente: que ele não tinha estilo.

Não sabia quanto ele era vaidoso literariamente.

Na semana seguinte, sua coluna na Veja foi dedicada a me agredir com sua habitual mistura de desonestidade e presunção.

Ele achava que estava revelando ao mundo que eu tinha um pseudônimo, Fabio Hernandez, com o qual escrevera artigos para a VIP.

Ele se gabava de ser “colunista da Veja”, como aquele personagem de Chico Anísio que dizia trabalhar na Globo, enquanto Fabio Hernandez era colunista de assuntos sentimentais. Daí se vê a mente atrapalhada de Mainardi. Imagino a dor que ele sinta, hoje, quando já não pode dizer, arrogantemente, que é “colunista da Veja”.

Uma segunda paulada em mim viria depois pelo Mainardi digital da Veja, Reinaldo Azevedo. Ele já começava, então, a demonstrar obsessão por mim. Embora sejamos da mesma geração, eu jamais ouvira falar de Reinaldo Azevedo: ele pertencia à Liga B, com uma carreira medíocre com passagens discretas pela Folha e, depois, revistas que viveram do dinheiro público ou amigo, como a Bravo do genro de Abílio Diniz, Luís Felipe Dávila. A Bravo, mais que em cultura, se especializara em Lei Rouanet, e trazia uma quantidade impressionante de anúncios do Pão de Açúcar — os quais nada tinham a ver com o público da revista.

Mais tarde, Azevedo mudaria de dinheiro público e amigo, numa revista de Mendonça de Barros denunciada pela Folha como beneficiária de publicidade tecnicamente injustificável do governo Alckmin. Mesmo com tanta mamata, a revista foi à bancarrota.

Como Mainardi, o ataque veio com uma mistura de desonestidade e falsidade. Azevedo se esforçou para que eu perdesse meu emprego ao dizer que eu estava “promovendo a Record” ao incluir Edir Macedo na lista.

Na época, eu não tinha minha própria voz, e fui impedido de responder.