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Novidades da maçã na WWDC

Confira o que foi anunciado pelo fundador da Apple, Steve Jobs, no evento anual da companhia, que comeou hoje, em San Francisco

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Por Gisele Federicce

Diferente do evento em que anunciou o iPad 2, no início de março, Steve Jobs não deixou dúvidas sobre sua presença no discurso de abertura da WWDC (Apple Worldwide Developers Conference). Já era confirmado que as primeiras palavras da conferência para desenvolvedores que anuncia as novas tecnologias da Apple seriam dele. Jobs subiu ao palco pontualmente às 14h (horário de Brasília), no Moscone West, maior centro de convenções de San Francisco, EUA. Neste ano, os anúncios do evento – que dura cinco dias – se voltarão muito mais para novos programas e serviços digitais da empresa do que para produtos físicos, como iPhones e Macbooks.

As maiores novidades desta edição são basicamente três: o novo serviço de músicas iCloud – a aposta da Apple para o armazenamento na nuvem –, a plataforma que comandará os desktops e notebooks da companhia, Lion, e a nova versão de seu sistema móvel, o iOS 5, hospedado em iPhones, iPods Touch e iPads. O primeiro tema do keynote (discurso de abertura) foi o Mac OS Lion, que chegará com 250 novos recursos – dos quais 10 foram apresentados na abertura do evento. Alguns exemplos demonstrados foram os gestos multitoque, que com o Magic Trackpad – uma espécie de tablet que substitui o uso do mouse –, possibilita que o “zoom de pinça”, existente nas telas touchscreen dos dispositivos móveis da companhia, também seja feito no Mac. A App Store – anunciada como o maior canal de compras de software atual, ultrapassando gigantes como Best Buy e Walmart – virá integrada ao Lion e terá novos recursos, como a atualização mais rápida de aplicativos. A plataforma de 4Gb será colocada à venda em julho, apenas via App Store – e não mais por meio de DVDs – e custará US$ 29, preço que arrancou aplausos da platéia.

Quem falou sobre o iOS 5 foi Scott Forstall, vice-presidente da plataforma na Apple, que afirmou que há cerca de 200 novos recursos na atualização do sistema. Segundo ele, há 200 milhões de equipamentos com o iOS vendidos, o que faz dele o sistema mais usado, ocupando 44% do mercado. Alguns recursos anunciados foram a compilação das notificações em apenas um lugar, um novo aplicativo chamado Newsstand – que já conta com revistas e jornais das maiores editoras do mundo e atualizará as edições das publicações no iPad automaticamente –, e a integração do Twitter à câmera do dispositivo e ao aplicativo de fotos da rede social. Os usuários do iOS enviam mais de um bilhão de tuítes por semana, segundo Forstall. O navegador Safari ganha funções similares às do aplicativo Read it Later, uma espécie de gaveta de textos que permite ler conteúdo mais tarde. O conteúdo guardado poderá ser sincronizado com outros aparelhos da Apple, além do Mac. O Safari é o navegador utilizado em mais de dois terços de smartphones. Uma notícia importante foi o anúncio de um serviço de mensagens similar ao do iPhone para iPad e iPod Touch. Com a atualização do sistema, as mensagens não interromperão as atividades do usuário, como acontece atualmente com o smartphone da Apple. A nova versão da plataforma estará à venda em breve no mercado e poderá ser usada a partir do iPhone 3G.

O serviço de músicas na nuvem, chamado de iCloud, foi anunciado pessoalmente por Steve Jobs. O fundador da companhia anunciou o programa dizendo que, durante muitos anos, acreditava-se que os computadores seriam os lugares onde armazenaríamos nossos arquivos, fotos e músicas, e que por muito tempo funcionou bem, mas que hoje isso não se aplica mais. O iCloud surge como uma solução para sincronizar as informações armazenadas em vários aplicativos diferentes, de uma forma simples. Três aplicativos da nuvem que antes faziam parte de um plano de US$ 99 anuais, pertencente ao serviço MobileMe, serão agora disponibilizados gratuitamente: e-mail, contatos e calendário. A nuvem de Jobs poderá armazenar arquivos – algo criado no aplicativo Pages, do iPad, é automaticamente enviado ao iCloud, por exemplo –, fotos – também enviadas automaticamente e sincronizadas com outros aparelhos Apple, salvas por 30 dias – e músicas. No caso dos arquivos em áudio, será possível comprá-los pelo iTunes e selecionar, sem custo, o símbolo do iCloud. Desta forma, as músicas adquiridas por meio do iPhone será armazenada na nuvem e já sincronizada no iPad e no iPod, por exemplo.

Todos os serviços oferecidos pelo iCloud serão grátis. “Nós queremos que as pessoas percebam o que este software é capaz de fazer, então nós estamos oferecendo-o grátis”, disse Steve Jobs. Para adquiri-lo, ele explica que basta comprar um aparelho com um sistema iOS e criar dados de acesso para o iCloud. O serviço já vem com 5Gb de espaço – que não incluem fotos e livros – e está disponível no iTunes a partir desta segunda-feira, em um formato “beta” (de demonstração). Outro serviço apresentado pelo fundador da Apple foi o iTunes Match, que permite armazenar no iCloud músicas que não tenham sido adquiridas pela loja virtual da Apple. O recurso custa uma assinatura de US$ 24,99 por ano. Serviços similares na Amazon, segundo Jobs, custam US$ 50. “Estamos prontos para que nossos clientes comecem a usar o iCloud e estamos prontos para colocá-los em suas mãos”, concluiu Jobs no primeiro dia da WWDC.

A Apple anunciou a venda de 15 bilhões de músicas via iTunes, 130 milhões de livros baixados pelo iBooks, 425 mil aplicativos na App Store, sendo 90 mil exclusivos para iPad, 14 bilhões de aplicativos baixados pela loja virtual nos últimos três anos e US$ 2,5 bilhões pagos aos desenvolvedores de aplicativos pela App Store.

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