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O facebolha vem aí?

Sucesso da rede social LinkedIn na bolsa americana sopra no ar dvidas sobre a gerao de valor dessas empresas virtuais para os investidores

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Marcio Kroehn_247 - Cento e nove por cento de valorização em um único dia. Foi com números grandiosos que a rede social LinkedIn, que permite a troca de currículo entre profissionais ao redor do mundo, estreou na bolsa de valores de Nova York na quinta-feira 19. Os investidores que fliparam o papel (termo utilizado para quem compra uma ação estreante e vende no mesmo dia) embolsaram um bom lucro. Do preço inicial de US$ 45, o LinkedIn chegou a ser negociado a quase US$ 122 no meio do pregão. No final do dia, recuou para US$ 94,25. Na sexta-feira, os ganhos continuaram: a ação chegou a subir mais 10%, mas fechou com alta de cerca de 1,3%. O impressionante movimento de procura dos investidores, que elevou o valor de mercado da empresa virtual para US$ 8,9 bilhões em 24 horas, sopra algumas bolhas de interrogação no ar: como essas companhias vão gerar dinheiro para os compradores?

LinkedIn, Facebook ou Twitter são serviços agradáveis e de fácil utilização, mas criados para a interação gratuita. Todas elas dificilmente conseguiram fazer seus milhões de usuários colocarem a mão no bolso, mesmo com uma audiência fiel e diária. Essa é a grande questão que essas redes sociais da nova era da internet precisam responder: como transformar a enorme popularidade global em dinheiro? Ao sair do mundo dos acessos para o universo da rentabilidade, os níveis de cobrança e de responsabilidade aumentam meteoricamente. Com o agravante de que os investidores não costumam ter muita paciência para esperar o retorno das suas aplicações.

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A formação de uma segunda bolha virtual não está descartada, principalmente pelo valor que essas empresas alcançam em pouco tempo. É muito acesso e pouco valor. Pelas contas do mercado, o Facebook estaria valendo US$ 65 bilhões e o Twitter, US$ 4,5 bilhões. Os que defendem essa nova era digital dizem que o Google é o maior exemplo de sucesso do que está por vir. No entanto, embora seja um serviço gratuito, o Google serve com sua busca a mais de 1 bilhão de usuários anuais, que conseguem dar retorno à empresa com a venda das publicidades que aparecem a cada pesquisa. E a utilidade do Google para a sociedade moderna é bem diferente dos modismos criados para aproximar pessoas.

O desafio para furar esse suposto crescimento da nova bolha da internet está em transformar a economia virtual em real. O Skype, serviço gratuito de telefone, foi vendido há algumas semanas para a Microsoft por USS 8,5 bilhões. Os números parecem bem atrativos para a companhia de Bill Gates: 170 milhões de usuários ao redor do mundo e 207 bilhões de minutos de chamadas de voz e vídeo em 2010. Mas apenas 1% dos usuários paga para utilizar os serviços adicionais do Skype. No ano passado, a empresa teve receita de US$ 860 milhões e prejuízo de US$ 7 milhões. O serviço gratuito de telefonia escapou de ser medido pelos investidores, na bolsa de valores. Mas depois do LinkedIn, Twitter e Facebook devem oferecer seus negócios no mercado de capitais. Depois do sucesso do filme A Rede Social, todos esperam que o pesadelo facebolha fique apenas no roteiro.

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