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Mídia

Ombudsman: Folha fez bullying contra jornalista demitido

A ombudsman da Folha de S.Paulo, Paula Cesarino da Costa, criticou a demissão do repórter Diego Bargas pelo jornal, após uma reportagem em tom crítico ao filme de Danilo Gentili "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola"; segundo a ombudsman, o jornalista foi alvo de bullying e não foi respaldado pelo jornal; "Da forma como procedeu [a demissão], uma onda de insegurança se ampliou entre profissionais e leitores. Qual o respaldo que os jornalistas obtêm no exercício do seu trabalho? Qual o limite entre cobrança pública legítima e o cyberbullying? São questões que permanecem em aberto", escreve

Gentili Bargas (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - Paula Cesarino da Costa, ombudsman da Folha de S.Paulo, dedicou sua coluna deste domingo ao polêmico episódio da demissão do jornalista Diego Bargas após ter publicado uma reportagem em tom crítico ao filme "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola", do humorista Danilo Gentili. 

A ombudsman diz que o repórter foi vítima de cyberbullying e criticou a postura do jornal, que desligou Bargas após a repercussão do caso. 

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"Às 10h14 do dia da publicação, Gentili iniciou no Twitter uma espécie de cyberbullying: 'Matéria mente. Postarei em breve vídeo da entrevista na íntegra (eu filmei). Pesquisem DIEGO BARGAS. Qual a chance de fazer matéria isenta?'.

Às 11h05, divulgou o vídeo com a íntegra da entrevista e, às 13h14, reproduziu postagens antigas do repórter no Facebook, que Gentili classifica como petistas. Não havia mentira alguma do repórter, mas Bargas se viu no furacão das redes sociais. Trancou suas contas no Facebook e no Twitter e avisou seu chefe direto sobre o que estava acontecendo.

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Algumas horas depois, a Folha colocava seus advogados à disposição para defender Bargas do cyberbullying, mas lhe comunicava que estava sendo demitido do jornal por desrespeitar a orientação reiterada de "evitar manifestações político-partidárias" nas redes sociais.

(...)

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A Folha deveria ter analisado com mais discernimento os posts e ter ouvido as justificativas do repórter. Poderia ter optado por advertência profissional, espécie de alerta para as responsabilidades de cada um. As falhas técnicas do jornalista deveriam ser enfrentadas. Se não corrigidas ou minoradas em tempo razoável, a demissão poderia vir a ser a solução natural. Mas o ataque sofrido pelo profissional que atuava em nome da Folha não poderia ter sido tratado com naturalidade, sem resposta firme.

Da forma como procedeu, uma onda de insegurança se ampliou entre profissionais e leitores. Qual o respaldo que os jornalistas obtêm no exercício do seu trabalho? Qual o limite entre cobrança pública legítima e o cyberbullying? São questões que permanecem em aberto."

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