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Oposição comemora gol contra de Tombini

Jornal O Globo, que tem feito campanha permanente pela alta dos juros, estampou em letras garrafais: "Nem Pibinho segura juros, que vão a 8%". E avisou ainda que resultado ruim será usado na campanha presidencial de 2014. Na mesma toada, Folha destacou números do crescimento de Dilma, para mostrar que são inferiores aos de Lula e FHC

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247 - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, conseguiu afirmar sua autoridade. Se era isso o que pretendia, ao elevar, em conjunto com os diretores do Comitê de Política Monetária, a taxa de juros em meio ponto percentual, não há mais dúvida do seu poder. O problema é Tombini desafiou a lógica. Decidiu impor um garrote à economia brasileira no mesmo dia em que se anunciaram: (1) IGPM zero, (2) PIB parando, (3) vendas em queda nos supermercados e (4) aumento do desemprego nas capitais. Ou seja, Tombini mostrou que é capaz até mesmo de  contrariar a lógica econômica para provar que tem peito.

A oposição, que tem como trincheiras alguns dos principais jornais do País, pintou e bordou. Exemplo maior é o do Globo, que vinha fazendo campanha sistemática pela elevação das taxas de juros, mas até atenuou seu discurso diante dos "sinais contraditórios" da economia, como apontou a colunista Miriam Leitão. Nesta quinta-feira, em letras garrafais e em negrito, o grupo de mídia que liderou o "lobby do tomate" estampou: "Nem Pibinho segura juros, que vão a 8%". No subtítulo, o recado, quase brindado com champanhe: "País poderá crescer somente 2% este ano, o que será explorado na eleição de 2014".

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O Globo sabe perfeitamente que Alexandre Tombini e sua equipe marcaram um tremendo gol contra. Com a alta de juros, são grandes as chances de reversão das expectativas empresariais e da confiança dos trabalhadores, justamente no momento em que o governo destacava que o bom dado do PIB era justamente a recuperação dos investimentos. E se isso levar a um aumento do desemprego, a presidente Dilma perderá seu maior trunfo eleitoral, que é justamente o pleno emprego – daí a euforia do Globo.

A Folha também enviou seu recado ao governo e à oposição. Na capa, comparou a média de crescimento do governo Dilma às do governo Lula e de FHC. E este é um dado que vem sendo explorado pela oposição, para evitar a comparação entre PT e PSDB. No primeiro mandato de FHC, a média de crescimento foi de 2,4%. No segundo, de 2,1%. Até agora, a média de Dilma é de 1,8% e o Banco Central acaba de contribuir para que o terceiro ano do mandato não seja propriamente brilhante.

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Alexandre Tombini errou feio – e foi acompanhado por seus diretores no erro. E se faltava um dado para comprovar que era de prudência e moderação nas decisões econômicas, ele veio do Japão. Nesta madrugada, as ações no país asiático caíram mais de 5%, sinalizando que a crise internacional é bem mais aguda do que se supõe.

Enquanto isso, quem comemora é a oposição, que encontra, no PIB, um discurso para enfrentar a presidente Dilma em 2014.

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